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Adalberto Campos Fernandes quer reduzir níveis de crispação em torno do SNS

No fecho do XVIII Congresso Nacional de Medicina:

No final do XVIII Congresso Nacional de Medicina, realizado este ano no Salão Nobre do Centro de Cultura e Congressos da Ordem dos Médicos, no Porto, o novo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, garantiu à audiência que é preciso recuperar a confiança perdida pelos portugueses nos últimos anos relativamente ao SNS e que “os mais vulneráveis sentem hoje a falta de acesso e a desumanização de cuidados e a perca de qualidade do serviço”. O governante adiantou, ainda, que conta com o apoio de todos os médicos, que na sua opinião podem ser instrumentais para o objetivo de recuperar o crédito do SNS, “sem crispação”.

Já à saída e em declarações aos jornalistas, Campos Fernandes comentou a intenção já manifestada de alguns médicos recorrerem à via judicial, caso sejam impedidos de gozar férias pré-agendadas durante a época de Natal e Ano Novo, face à necessidade de os serviços disporem de todos os efetivos disponíveis para o previsível pico da gripe sazonal e numa tentativa de evitar a sobrelotação das urgências verificada no ano transato: “não podemos repetir este ano as situações que tivemos o ano passado. A nossa primeira preocupação é a de garantir que os portugueses têm uma resposta atempada, face a uma necessidade aguda de procura de cuidados. Garanto que a lei será cumprida. Somos um Estado de direito e seguramente que as instituições que dependem do Ministério da Saúde farão cumprir a lei”.

Bastonário da OM advoga novo impulso para a reforma dos CSP

Também à margem do XVIII Congresso Nacional de Medicina, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva, defendeu que a nova equipa ministerial deve privilegiar um novo impulso da reforma dos cuidados de saúde primários (CSP), na sua ação estratégica: “há várias medidas urgentes, mas a primeira grande preocupação de qualquer ministro da Saúde terá que ser com a reforma dos CSP. Todo o sistema de saúde estará desequilibrado enquanto houver cidadãos portugueses sem acesso a um médico de família. Essa deve ser a grande preocupação”.

Para já, o bastonário da OM mostra-se esperançado com aquilo que poderá vir por aí: “este ministro oferece-nos todas as expectativas positivas. É uma pessoa conhecida e reconhecida pela sua qualidade, pela sua formação, pela sua competência, pela sua experiência e pela sua capacidade de diálogo. Portanto, temos fundamentadamente expectativas muito positivas quanto aquilo que irá ser a sua atuação como ministro da Saúde”.

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