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Copenhaga ajuda a forjar a MGF do futuro

Conferência Europeia da WONCA

A cidade de Copenhaga está a acolher a Conferência Europeia da WONCA, que este ano congrega mais de 3 mil delegados de 72 países (mais de um terço dos participantes são internos e jovens médicos de família). Portugal está entre os cinco países com mais delegados nesta conferência, em conjunto com a Dinamarca, a Suécia, a Espanha e a Holanda.

A organização do evento, a cargo da Região Europeia da WONCA e da Federação Nórdica de Clínica Geral e Medicina Familiar, recebeu um número recorde de «abstracts» e desenvolveu um programa em torno do mote “Family Doctors – with heads and hearts”. Sinal dos tempos, a conferência será livre de papel, com os delegados a recorrerem a informação disponível apenas numa “app” criada para o efeito.

Durante a cerimónia inaugural, realizada no Bella Center e marcada por traços distintivos da cultura dinamarquesa e a presença da Guarda Real (Den Kongelige Livgarde), o presidente do Comité Científico da conferência, Peter Vedsted, sublinhou que ali estava reunida “a família da Medicina Familiar” e que a especialidade “deve ter uma voz forte, profissional e que inspire confiança, se deseja ser uma parte integral da sociedade médica e assegurar os melhores cuidados de saúde às populações”.


     


Aquele responsável pediu a todos que usassem os quatro dias da conferência para debater as melhores formas de aperfeiçoar a Medicina Familiar e definir os seus caminhos futuros: “a população europeia vai apresentar necessidades crescentes de cuidados de saúde de primeira linha. Vamos, também, encontrar uma população em pleno processo de envelhecimento, mais pessoas com multimorbilidades, necessidades especiais de populações migrantes e minorias, desigualdades sociais e maiores exigências ao nível do diagnóstico. Por isso mesmo, necessitamos de construir os conhecimentos básicos sobre como vamos moldar a Medicina Geral e Familiar do futuro próximo”.

Já Roar Maagaard, presidente do Comité Organizador, deixou um convite para que os delegados aproveitem bem o tempo também fora das sessões, no sentido de conhecerem off-line novos colegas de outras paragens e, quem sabe, darem início a novos projetos e parcerias: “estabeleçam relações e amizades com colegas no mundo real! A nossa divisa é: um estranho é apenas um colega que ainda não teve a oportunidade de conhecer”.

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