Nos Jardins de Belém (Lisboa) e bem próximo da população:
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) organizou em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa nos dias 8 e 9 de julho, nos Jardins de Belém, a Festa da Saúde 2017. Tratou-se de um evento público inédito, dirigido à população em geral e de entrada livre, cujo objetivo principal foi o de promover estilos de vida saudáveis e divulgar informação fidedigna sobre a saúde e bem-estar. Para tal, a Festa da Saúde contou com mais de 30 espaços de rastreio e informação – um deles da responsabilidade da APMGF, o “Espaço Medicina Geral e Familiar” – bem como um palco, no qual se realizaram dois debates, o primeiro intitulado “Como pode a cidade promover a saúde” e o segundo sobre a temática “A importância dos estilos de vida saudáveis – Como mudar comportamentos de risco e como gerir melhor a sua saúde”.
No mesmo palco realizou-se ainda uma demonstração de «show-cooking» de comida saudável a cargo do Chef Fábio Bernardino e um Concerto pela Saúde, com o Trio Edu Miranda. Ao longo dos dois dias foram ainda oferecidas aos transeuntes atividades ao ar livre, como aulas de zumba e de ioga, jogos tradicionais e uma caminhada coletiva. Nota importante: ao dispor dos interessados esteve em acréscimo uma livraria com obras sobre saúde.
Segundo Luís Campos, presidente da SPMI, “esta Festa da Saúde é a primeira manifestação do compromisso da Medicina Interna com a prevenção das doenças e promoção da saúde. Nós, da Medicina Interna, tratamos muitos doentes crónicos nas urgências, nas enfermarias e nas consultas de hospital de dia, pelo que sabemos desde há muito que as doenças crónicas estão a aumentar em Portugal, um aumento induzido sobretudo pelo alargamento da esperança média de vida e pelo intensificar dos comportamentos de risco. Ora se sabemos que 80% dos casos de diabetes, enfarte do miocárdio e AVC, assim como 40% dos casos de cancro podem ser evitados com recurso a comportamentos de vida saudáveis, tornou-se para nós uma obrigação ética envolvermo-nos na prevenção das doenças e promoção da saúde”.
“Esta é uma iniciativa louvável por parte da SPMI, que nos permite uma aproximação à comunidade e mobilizar outras organizações que se interessam pela promoção da Saúde. A APMGF não podia estar fora deste movimento e aceitámos, como tal, com muito agrado o convite para participar. Quisemos promover o papel da MGF e do médico de família, mas também incentivar a prática do exercício físico, combater o sedentarismo e salientar um problema que é hoje transversal à nossa população, a obesidade”, refere Rui Nogueira, presidente da APMGF. O mesmo dirigente sublinha que a Festa da Saúde teve “um cunho positivo, com um ambiente saudável, ao ar livre e uma forte aposta na prevenção. Pena foi, de acordo com Rui Nogueira, que “não existisse um maior aproveitamento desta oportunidade por parte do Ministério da Saúde. Apesar de se verificar um apoio da Direção-Geral da Saúde, não houve uma presença marcante e física desta instituição e de outros organismos do Ministério da Saúde, como seria razoável que acontecesse. De facto, lamenta-se que o Ministério não esteja na primeira linha da promoção da saúde e prevenção da doença”.