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Grünenthal convida artista plástico para pintar a dor

No 34º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar:

Pode ser surpreendentemente difícil descrever como a dor é sentida. Cada pessoa tem uma experiência dolorosa diferente, tornando a dor numa sensação altamente subjetiva – o que representa um enorme desafio para a avaliação médica. No 34º Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), nos dias 16, 17 e 18 de março, a Grünenthal promove uma iniciativa inédita em Portugal, convidando um artista plástico para passar para a tela a experiência de um doente com dor crónica.

Telmo Alcobia é um artista português que tem dedicado o seu trabalho à intervenção política e social através da pintura, do desenho, da street art e da ilustração. Nascido em 1980, formou-se na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em Pintura, no ano de 2004. Na reunião magna da APMGF, o artista vai ilustrar a história (fictícia) de Cristiano, um jovem carpinteiro com lombalgia crónica. “Contei à médica que sinto como se me estivessem a espetar e a torcer uma faca nas costas”, relata Cristiano (veja este depoimento aqui).

A prática clínica revela que a maioria dos doentes tende a descrever a sua dor de formas relativamente pictográficas: “a minha dor é como um ferro em brasa” ou “como agulhas finas espetadas nas costas”. O problema surge quando o desfasamento em relação à linguagem médica gera mal-entendidos que podem levar uma estratégia de tratamento ineficiente. O objetivo desta iniciativa promovida pela Grünenthal é sensibilizar a comunidade médica para o impacto da dor crónica na vida dos doentes e para a importância da comunicação entre médicos e doentes.

Telmo Alcobia vai estar no stand da Grünenthal a executar a obra ao longo dos três dias do congresso, sendo que a atividade culminará com a entrega da tela à APMGF durante a cerimónia de encerramento deste 34º Encontro Nacional, no sábado de manhã.

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