Com a chancela da Porto Editora e o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian
Manuel Valente Alves (médico de família, docente, investigador, artista plástico, fotógrafo, escritor, diretor do Museu de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e colaborador regular do jornal MGF Notícias) apresentou no dia 10 de dezembro o seu último livro, «História da Medicina em Portugal – Origens, ligações e contextos». Uma obra que mostra a evolução da Medicina portuguesa entrelaçada com a ciência, as artes visuais, a filosofia, a política e outros domínios do saber. De grande beleza gráfica, profusamente ilustrado com centenas de imagens criteriosamente selecionadas, muitas delas provenientes de alguns dos mais importantes museus, bibliotecas e arquivos históricos do mundo, este livro, escrito em linguagem simples e acessível mesmo a leitores não especializados, constitui uma surpreendente viagem através da História da Medicina, desde os seus primórdios até aos dias de hoje, centrada na realidade portuguesa.
A apresentação pública da obra foi realizada por Adelino Cardoso, do Centro de História da Cultura da Universidade Nova, na sede da Fundação Calouste Gulbenkian, na presença do presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva, da administradora da mesma entidade, Isabel Mota, bem como de várias figuras de relevo do setor da saúde, entre as quais se contava Francisco George, Diretor-Geral da Saúde.
De acordo com Adelino Cardoso, a obra em causa “tem centenas de belíssimas gravuras e imagens que não têm uma função meramente ilustrativa. O livro é, em si mesmo, um objeto estético que vale a pena manusear”. O filósofo e investigador considera que esta é uma “História invulgar, não só pela abrangência, mas também pelo modo peculiar como está organizada e pelas interrogações que os títulos dos capítulos nos deixam. São títulos inspiradores, que nos mostram o que está em jogo, mas que deixam também antever que a Medicina é algo mais do que ela própria, porque existe todo um contexto e um campo de sentido no interior do qual a Medicina se situa e move”.
Ainda segundo Adelino Cardoso, esta é também “uma obra invulgar pelo relevo que dá ao passado recente e à atualidade. Até ao séc. XIX, o livro oferece-nos cerca de 150 páginas. A partir daí, a informação referente aos séculos XIX, XX e XXI ocupa a parte mais substancial desta obra com 448 páginas, sendo que o capítulo que abarca os séculos XX e XXI representa quase metade das páginas do livro”.