Política de saúde

Menos de 10% das organizações da saúde consideram ser auscultadas pelos políticos

Inquéritos na área da cidadania revelam:

De acordo com os resultados de inquéritos realizados junto de mais de 600 cidadãos e 78 organizações de pessoas com doença e outras na área da saúde, menos de 10% das organizações referem ter sido envolvidas pelos deputados à Assembleia da República ou pela Comissão Parlamentar de Saúde, nos seus trabalhos e decisões.

Ainda assim, um terço das organizações inquiridas considera que tem influência na política de saúde. Os resultados revelam também uma crença generalizada na ausência de cultura e experiência de colaboração entre as organizações da sociedade civil e as instituições públicas e sublinham o excesso de burocracia do sistema de saúde, sendo estas as principais razões apontadas como principais barreiras ao envolvimento na tomada de decisão.

As associações querem iniciativas de capacitação para a participação na decisão em saúde e também iniciativas de sensibilização dos decisores, enquanto os cidadãos/pessoas com doença querem que as organizações que os representam sejam parceiros na tomada de decisão, juntamente com profissionais de saúde e representantes do Ministério da Saúde.

Os resultados desta auscultação foram apresentados durante o Fórum “Mais participação, melhor saúde”, que decorreu no auditório do Edifício Novo da Assembleia da República, no dia 18 de outubro.

No mesmo evento foi ainda apresentada oficialmente a Carta para a Participação Pública em Saúde – assinada por 72 organizações da área da saúde e 29 personalidades de relevo na área da saúde e da participação.

É importante também recordar que está a decorrer uma petição que já recolheu quase metade das 4000 assinaturas necessárias para que a Carta para a Participação Pública em Saúde seja discutida pelo plenário da Assembleia da República.

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