Paulo Macedo afirma:
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, reconheceu aos microfones da Rádio TSF (em vésperas de eleições legislativas) que o executivo não conseguirá cumprir com o seu desígnio de atribuir durante a presente legislatura um médico de família (MF) a todos os portugueses. O governante acrescentou que, de acordo com as previsões do seu Ministério, tal poderá acontecer apenas no final de 2017, apesar de a tutela “ter contratado todos os médicos de Medicina Geral e Familiar que estão disponíveis no país” e de ter promovido o regresso de médicos aposentados.
Paulo Macedo ressalvou ainda que o Ministério tem um “plano, em várias frentes, para aumentar a disponibilidade de MF, quer através de convenções, quer sobretudo apostando nos internos da especialidade. Temos, neste momento, cerca de 2 mil internos que ao acabarem a especialidade poderão receber listas de pessoas, que passarão assim a ter médico de família”.
Paulo Macedo reconheceu que existem grandes assimetrias no território nacional, no que respeita ao acesso a bons cuidados de saúde primários e a um MF, ao sublinhar que “na Região Norte temos 97% das pessoas com MF atribuído”, enquanto se mantêm “piores coberturas no Alentejo, Grande Lisboa e Algarve”.