Questionário à escala europeia comprova:
De acordo com resultados preliminares do Questionário Europeu de Literacia em Saúde, realizado em Portugal no âmbito do projeto “Saúde que Conta”, da Escola Nacional de Saúde Pública, cerca de 38% dos portugueses relatam dificuldades em avaliar as vantagens e desvantagens das várias opções de tratamento após o contacto com o médico. Contudo, entre os inquiridos um total de 82% garante que é fácil entender o que o médico diz. Estes dados derivam de questionários realizados a 1004 pessoas.
A destacar, também, que no lote de países em que foi realizado este inquérito (Espanha, Bulgária Irlanda, Holanda, Alemanha, Áustria, Grécia e Polónia) apenas a Bulgária apresenta resultados mais negativos do que Portugal, em termos de literacia em saúde dos seus cidadãos.
A título de exemplo, refira-se que no nosso país e no que respeita à prevenção da doença, apenas perto de 45% da população inquirida revelou ter um nível suficiente ou excelente de literacia em saúde, o que significa que aproximadamente 55% estão no vermelho.
Realce, ainda, para o facto de que 60,2% dos portugueses inquiridos apresentam um nível de literacia problemático ou inadequado, em matéria de promoção da saúde, enquanto que 47,7% consideram “difícil” avaliar se “a informação sobre a doença nos meios de comunicação social é de confiança”. Por último, 55% dos inquiridos admitiram ser “difícil” ou “muito difícil” compreender as mudanças operadas ao nível das políticas da Saúde.