31º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar – Vilamoura
O 31º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar arranca hoje no Centro de Congressos do Algarve (Hotel Tivoli Marina Vilamoura), constituindo-se como um fórum de discussão privilegiado sobre o desenvolvimento da reforma dos cuidados de saúde primários e o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS), num momento em que o país enfrenta importantes desafios. O lema escolhido para este encontro é “Na Rota da Inovação, com Qualidade, em Proximidade”.
A reunião magna dos médicos de família portugueses recebe na jornada inaugural o secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, o qual abordará no seu discurso as principais prioridades do governo para o setor. O governante deverá, também, trazer novidades sobre o número de novas unidades de saúde familiar que o Ministério da Saúde pretende desbloquear neste ano de 2014, a possibilidade de o executivo abrir finalmente – e ainda este ano – as portas ao setor privado, cooperativo e social no domínio dos centros de saúde e informações sobre como planeia o Ministério lidar com a escassez de recursos humanos em muitas áreas do país.
No fecho do evento (dia 8 de fevereiro, pelas 10h45) concretiza-se um dos momentos chave da iniciativa. Numa mesa redonda constituída por médicos que exercem, atualmente, funções políticas, Isabel Galriça Neto (deputada do CDS/PP), Ricardo Baptista Leite (deputado do PSD), João Semedo (deputado e coordenador nacional do Bloco de Esquerda) e Álvaro Beleza (secretário nacional e membro da Comissão Política e da Comissão Nacional do PS) vão trocar ideias sobre o que pensam do presente e do futuro do SNS, ajudando os congressistas a perceber que estratégias as diversas forças partidárias reservam para um dos grandes legados do 25 de Abril, numa fase em que as finanças públicas aconselham cautela nos investimentos.
O 31º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar englobará, em acréscimo, múltiplas sessões sobre importantes temas científicos e socioprofissionais, entre os quais se incluem, por exemplo, assuntos como o futuro do internato médico em Portugal, a necessidade de impulsionar os cuidados paliativos pediátricos no país, a regeneração da Rede Médicos-Sentinela ou a coordenação e integração de cuidados de saúde no seio do SNS.