Dia Mundial do Médico de Família – 19 de maio de 2015
Celebrou-se a 19 de maio o Dia Mundial do Médico de Família. A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) fez, com o apoio dos Médicos de Família e Médicos Internos da Especialidade, passar uma mensagem crucial – o Médico de Família é essencial na promoção da saúde dos portugueses. A Associação esteve, pois, em força em várias cidades do país, com uma campanha junto da comunidade, em espaços públicos concorridos.
O objetivo era o de informar os portugueses sobre a relevância da nossa especialidade, sensibilizar a comunidade sobre a importância dos cuidados de saúde da pessoa e da família e defender a valorização do Médico de Família.
“Entre 2010 e 2014 houve um crescimento constante e permanente de unidades clínicas de prestação de cuidados nos CSP (UCSP e USF)”, explicou Leal da Costa, para quem “é um pouco injusto, para não dizer prematuro, afirmar que tenha havido ou esteja a haver desinvestimento nos cuidados de saúde primários, nomeadamente naquilo que se prende com a abertura de unidades de saúde familiar”.
Na perspetiva de José Manuel Silva, “seria desejável que todos os portugueses tivessem acesso a um médico de família e quanto a mim, para além de desejável, seria possível. Somos o quarto país da Comunidade Europeia com mais médicos”. Contudo, “cerca de 1.500 médicos de família reformaram-se nos últimos anos antecipadamente. Se tivessem sido instituídas medidas para os manter no sistema ou para os atrair depois de reformados, provavelmente aquele que era talvez o mais válido desiderato do Ministério da Saúde teria sido cumprido”.
O Bastonário acredita que no curto prazo seja possível dar um médico de família a todos os portugueses”. Esta é, na sua opinião, uma condição essencial para termos um sistema mais equilibrado, com mais ganhos em saúde e uma relação custo-benefício muito mais favorável e sem a pressão e os consequentes efeitos negativos sobre os cuidados hospitalares e continuados”.