APMGF e SPMI assinam memorando de entendimento e promovem debate

Por uma saúde melhor para os portugueses:

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vão assinar um memorando de entendimento, centrado nas orientações que as duas organizações consideram prioritárias para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde proporcionados aos portugueses e para colocar verdadeiramente o doente no centro do sistema. A sessão de assinatura deste memorando decorrerá no dia 28 de março, das 18h00 às 20h00, no auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. Em simultâneo e no mesmo local será realizado o debate “Medicina Geral e Familiar e Medicina Interna: uma parceira para o futuro da Saúde em Portugal”. Este será moderado pela jornalista Vera Arreigoso e terá como participantes Victor Ramos (médico de família, professor na Escola Nacional de Saúde Pública e vencedor do Prémio Miller Guerra), António Vaz Carneiro (Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e diretor do CEMBE), Alexandre Lourenço (presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares), Maria de Belém Roseira (ex-ministra da Saúde) e Miguel Guimarães (bastonário da Ordem dos Médicos). No encerramento da iniciativa tomará parte o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

Os associados da APMGF estão, desde já, convidados a participar nesta sessão, que poderá representar um marco importante na definição de caminhos a seguir para a consolidação de um SNS forte.

Tanto a SPMI como a APMGF consideram ser “muito fragmentados, reativos e centrados na doença” os cuidados prestados aos doentes crónicos, sendo “fundamental mudar este paradigma”, pelo que as duas organizações pretendem “exigir mais incentivos na contratualização e mais investimento para a implementação das reformas de proximidade”. Temos que garantir a continuidade de cuidados através de uma verdadeira integração entre os vários níveis de cuidados. E a Medicina Geral e Familiar e a Medicina Interna são nucleares para assumir essa integração, dentro e fora dos hospitais”, explica Luís Campos, presidente da SPMI.

Rui Nogueira, presidente da APMGF, concorda e salienta a existência “de uma política de referenciação muitas vezes cega. Precisamos de uma maior proximidade, de uma integração dos cuidados, para que o doente seja o elemento de maior valor nestas andanças de um lado para o outro, dos centros de saúde para os hospitais e destes para os centros de saúde de novo”.

O progressivo “envelhecimento da população”, a que se junta a “agudização das doenças crónicas”, reforça, garante Rui Nogueira, a necessidade de uma relação privilegiada entre as duas especialidades, que se quer fazer também sentir ao nível da formação médica. Por isso, aumentar a cooperação na área da formação, assim como a referenciação entre especialidades, são dois outros dos objetivos deste entendimento.


Leia Também

Marque presença na apresentação mundial do estudo PaRIS!

APMGF defende que aumento da mortalidade infantil pode ser explicado em parte pela falta de investimento em recursos humanos

Candidate-se à Bolsa WONCA Europa até 15 de fevereiro!

Recentes