Gerais

Fazer os portugueses viverem melhor na terceira idade e acabar com as desigualdades em saúde

No Dia Mundial da Saúde 2018 deseja-se:

Para Adalberto
Campos Fernandes, depois de o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ter
contribuído na última década para que os portugueses vivam em
média mais quatro anos, é fundamental no presente estabelecer um
novo desafio que vai além da longevidade e do aumento da esperança
média de vida: “o desafio agora passa por fazer os velhos viverem
melhor”. O ministro da Saúde proferiu estas palavras durante as
comemorações oficiais do Dia Mundial da Saúde, aproveitando para
deixar uma constatação em forma de desabafo: “o ministro da saúde
funciona em todas as legislaturas como uma espécie de válvula de
descompressão para os governos, de bombo da festa político”. O
governante esclareceu que a pasta que ocupa não é a de “um
ministro setorial”, mas sim de um ministro que tem a obrigação de
fazer compreender a todo o governo que a saúde é um problema de
todos.

Nesta sessão solene
comemorativa, a diretora-Geral da Saúde, Graça Feitas, relembrou
que apesar dos avanços obtidos com um SNS universalista nas últimas
décadas, em termos de acesso e resultados terapêuticos e
preventivos, o estado de saúde dos portugueses continua a ser muito
influenciado pela sua condição sócio-económica: “as
desigualdades ao nível da saúde estão relacionadas com
determinantes associadas às condições de vida, de trabalho e ao
meio físico em que as pessoas vivem”. Assim, Graça Freitas
acredita que “os determinantes sociais e ambientais devem estar no
topo das nossas preocupações”.

A cerimónia
comemorativa foi moldada pelo tema escolhido pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) para as comemorações do Dia Mundial da
Saúde 2018, precisamente «Cobertura Universal de Saúde: para
todos, em todo o lado».

Na ocasião foi
também feito o “Retrato da Saúde em Portugal”, num debate
moderado pela jornalista Maria Elisa Domingues, com a presença do
ex-Presidente da República Jorge Sampaio, bem como de Isabel Saraiva
(Associação RESPIRA) e de António Rodrigues, Ana Filipa Castro e
Teresa dos Reis (todos representantes do Health
Parliament
). Realce ainda para a entrega do Prémio Nacional
de Saúde 2017, atribuído a João Manuel Godinho Queiroz e Melo,
“pelo seu pioneirismo na transplantação cardíaca, pelos
relevantes serviços prestados no ensino e na difusão de métodos
avançados no tratamento da doença cardíaca e pela sua vasta obra
no domínio da investigação e da cultura cardiológica nacional”.
O Ministério da Saúde entregou também mais de uma dezena de
Distinções de Mérito a figuras da saúde, como prémios de
carreira, e a pessoas singulares ou coletivas que prestaram serviços
relevantes à saúde pública.

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