A 15 de setembro:
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) celebra 39 anos de existência, numa data que assinala a publicação em Diário da República – 15 de setembro de 1979 – da Lei n.º 56/79, a qual criava no âmbito do então Ministério dos Assuntos Sociais o SNS, ainda hoje considerado unanimemente como uma das principais e duradouras conquistas do 25 de Abril.
Graças ao SNS foi possível desenvolver carreiras profissionais de saúde que são o garante de elevadíssima qualidade dos cuidados prestados aos portugueses, possibilitar o acesso generalizado e a baixo custo (ou com caráter gratuito para grupos vulneráveis) a meios de terapêutica e diagnóstico, promover um plano nacional de vacinação cujos resultados são invejados a nível mundial, estruturar uma rede de cuidados continuados integrados que assegura o apoio a faixas já significativas da população e disseminar pelo país equipas de cuidados de saúde primários que prestam um serviço de proximidade de inegável importância.
Infelizmente, este será o primeiro aniversário do SNS que não contará com a presença física do seu fundador, já que o histórico António Arnaut faleceu em maio deste ano, após décadas de empenho na defesa de um sistema público de saúde universal e de qualidade. Nos últimos meses de vida, António Arnaut não deixou de lançar emotivos apelos aos poderes instituídos no sentido de tudo fazerem para evitar o colapso ou desmembramento do SNS, que no seu entender se vislumbravam no horizonte.
Entre as muitas iniciativas comemorativas da data, refira-se o ato simbólico da rega da “Oliveira SNS”, uma árvore plantada em 2009 no Parque Verde do Mondego (Coimbra) por iniciativa da Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra e apadrinhada por António Arnaut.
A Ordem do Médicos (OM) inaugura na sua sede de Coimbra a exposição “A rega da Oliveira SNS e António Arnaut”, a qual abarca fotografias, recortes de jornais e poemas da autoria do próprio fundador do SNS. No mesmo local realiza-se ainda cerimónia oficial comemorativa, na qual deverão discursar o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, o vice-presidente da Assembleia da República, José Manuel Pureza, o analista político Luís Marques Mendes, a ex-ministra da Saúde e presidente da Comissão de Revisão da Lei de Bases da Saúde, Maria de Belém Roseira e o atual ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.