Estudo da NOVA-IMS revela:
A qualidade dos profissionais de saúde é o ponto mais forte do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para os utentes e um dos que deve ser valorizado, segundo um estudo da Nova Information Management School (NOVA-IMS), divulgado em Lisboa esta terça-feira. O Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido pela NOVA-IMS, inclui este ano um indicador novo, o índice de atuação preferencial, que resulta da avaliação que os utentes fazem dos determinantes da qualidade dos cuidados de saúde e da importância que atribuem a cada um deles.
Segundo o estudo, a qualidade dos profissionais de saúde merece uma avaliação de 78,3 (numa escala de 0 a 100), enquanto a facilidade de acesso aos cuidados de saúde (59 pontos) e os tempos de espera entre a marcação e a realização dos atos médicos (54 pontos) são os pontos mais negativos do SNS.
“Tentámos ainda perceber, se se fizesse investimento, de que forma poderia ser distribuído para melhorar a perceção global dos cidadãos relativamente ao SNS. Aqui, a dimensão que aparece como de atuação mais preferencial são os próprios profissionais de saúde”, explicou Pedro Simões Coelho, coordenador do estudo. O responsável afirmou ainda que a qualidade dos profissionais de saúde “é o principal ponto forte do sistema” e “é tão importante para os cidadãos que, como ainda tem margem de progressão, seria a variável em que o investimento teria maior impacto”.
Segundo o índice de atuação preferencial, que estabelece prioridades e distribui a percentagem de investimento para cada determinante, a qualidade dos profissionais de saúde têm um peso de 31%, a facilidade de acesso 27%, os tempos de espera entre a marcação e a realização dos atos médicos 17%.
O estudo determina também que o investimento no SNS em 2018 permitiu um retorno de 5,1 mil milhões para a economia, tendo em conta o impacto dos cuidados de saúde no absentismo e na produtividade. Segundo os dados do Índice de Saúde Sustentável, cerca de metade do valor investido no SNS em 2018 retornou para a economia, tendo em conta tanto os dias de ausência laboral que o SNS permitiu evitar como a produtividade destes trabalhadores.