No rescaldo do Fórum Médico:
Após a realização de mais uma reunião do Fórum Médico, na sede da Ordem dos Médicos, em Lisboa, as organizações integradas neste fórum apresentaram em comunicado oficial um conjunto de exigências à tutela. Entre estas pontuam, por exemplo, “o aumento da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, traduzida num investimento público cujo orçamento em percentagem do PIB seja semelhante ao que existe na média dos países da OCDE (…)”, exigir a “aplicação prática da Carreira Médica, com abertura anual de concursos para todas as categorias e graus, e a progressão a todos os níveis na Carreira”, alertar a “sociedade civil e o poder político para o facto de o Serviço Nacional de Saúde estar no limite da sua própria sobrevivência (…)”, apoiar “os Sindicatos na reivindicação de uma nova tabela salarial adequada ao nível da responsabilidade que os médicos têm na sociedade civil e descongelamento de salários, e na adoção das formas de luta reivindicativa que considerarem necessárias para salvaguardar o SNS (…)”, ou exigir “da parte do Ministério da Saúde a publicação de legislação sobre o ato médico”.
O Fórum Médico anunciou, ainda, que vai desencadear várias estratégias com vista à defesa do SNS e a da qualidade que a ele deve estar associada, nomeadamente “desenvolver em parceria com Associações de Doentes e a Comunicação Social um périplo pelo SNS no sentido de avaliar o que está bem e o que está mal na Saúde”, com os relatórios das visitas a serem “publicados e entregues às autoridades competentes”, a criação de uma “petição com o título «Salvar o SNS» com objetivos concretos, que permitam diminuir as desigualdades sociais em saúde e cumprir a Lei do SNS e a Constituição da República Portuguesa”, “divulgar publicamente as insuficiências do SNS e os resultados da atividade médica” no decurso dos congressos e reuniões médicas e “desenvolver ações de informação em saúde para os cidadãos de todo o país”.
Pode consultar, na íntegra, o Comunicado do Fórum Médico.