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Sindicatos avançam para greve no fim de junho

Após reunião inconclusiva com Ministério da Saúde

Os sindicatos médicos (Sindicato Independente do Médicos – SIM – e Federação Nacional dos Médicos – FNAM) decidiram avançar para uma greve nacional na última semana de junho, afirmando-se empurrados para esta forma de luta extrema. A tomada de posição seguiu-se a mais uma reunião com dirigentes do Ministério da Saúde (MS) que se revelou inconclusiva relativamente a algumas das matérias consideradas críticas pelas forças sindicais. De realçar que as partes voltam a reunir-se a 7 de junho.

Em comunicado divulgado pelos dois sindicatos, pode ler-se que “quase quatro anos depois, o processo negocial continua sem concretização em relação aos aspetos prioritários, nomeadamente a redução de 18 para 12 horas de trabalho normal no Serviço de Urgência, redução da lista de utentes dos Médicos de Família, abertura de concursos para garantir a carreira médica, revisão da carreira médica e grelhas salariais e regresso do regime de dedicação exclusiva”.

A FNAM e o SIM sublinham ainda que “tudo fizeram para evitar o agravamento das formas de contestação, afigurando-se inevitável o recurso à greve, que previsivelmente ocorrerá na última semana de junho”.

“Demos todos os prazos possíveis. Infelizmente não houve resposta e por isso vamos ter de tomar esta atitude mais drástica. Tentaremos que os nossos utentes sejam prejudicados o mínimo possível”, afirmou aos jornalistas Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, após a saída da reunião no MS. O responsável do SIM reiterou que o SNS não é uma prioridade para o governo, que “não houve investimento, não existem recursos humanos” e que “há, neste momento, a necessidade de dizer basta”.

Já o presidente da FNAM, João Proença, lembrou que as duas estruturas estão “há quatro anos a tentar resolver um conjunto de problemas” e que até à data “não foi possível resolver qualquer problema básico”, exemplificando com áreas como as grelhas salariais, a motivação no trabalho, o número de horas de urgência ou a existência de recursos médicos suficientes para assegurarem cuidados de qualidade às populações.



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