Após insucesso negocial
Durante uma visita à Biblioteca Municipal António Arnaut, em Penela, a ministra da Saúde Marta Temido comentou o insucesso da última ronda negocial com os sindicatos médicos que não permitiu evitar a greve marcada para o arranque do próximo mês, explicando aos jornalistas que “não é possível, neste momento, reduzir as listas de utentes dos médicos de família”, assim como não é possível, no entender da governante, “reduzir o período de trabalho normal do serviço de urgência de 18 para 12 horas”, sem que sejam reestruturados alguns serviços.
Esta posição governamental, mantida durante a reunião com os sindicatos realizada ontem (6 de junho) e que negou também reivindicações dos médicos como a incorporação dos clínicos do INEM nos quadros daquela organização ou o descongelamento da avaliação de desempenho na carreira, leva a que o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) tenham decidido manter a greve geral agendada para os dias 2 e 3 de julho.
Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM, pede à população que compreenda que “no momento em que há um governo que tem a maior carga fiscal de sempre e o menor investimento na Saúde, não tínhamos outra hipótese que não fosse avançar com esta greve”. Após a paralisação – que parece agora incontornável – tutela e sindicatos médicos deverão voltar à mesa de negociações, a 9 de julho.