5ªs Jornadas do GRESP
A quinta edição das Jornadas do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) revelou a trajetória de grande crescimento desta estrutura, ao congregar 590 participantes no PT Meeting Center, em Lisboa, para dois dias de partilha e discussão científicas. No total, realizaram-se 10 sessões plenárias, quatro simpósios, 11 oficinas, três sessões de apresentação de comunicações livres (nas quais foram dissecados 18 trabalhos) e um curso, sem esquecer a novidade das duas sessões resumo, que em 15 minutos permitiram sintetizar o que de mais importante foi transmitido em cada sala, porque simplesmente não é possível estar em todo o lado, a todo o momento.
Para estas jornadas contribuíram várias organizações ligadas à investigação das doenças respiratórias, não somente os grupos congéneres GRAP (Espanha) e GRESP Brasil, mas também a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), a Sociedade Portuguesa de Pneumologia ou a Direção-Geral da Saúde, através de representantes do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias. “Estas foram jornadas feitas pela Medicina Geral e Familiar (MGF) para a MGF, mas nunca nos devemos esquecer dos nossos parceiros e por isso temos de fomentar essas relações fundamentais. O GRESP está interessado em ser um parceiro importante ao nível das boas práticas e da partilha de conhecimento e um elo de ligação para os cuidados de saúde primários”, garantiu no fecho da iniciativa Rui Costa, coordenador do GRESP.
O mesmo dirigente sublinha que o objetivo final destas jornadas “é o de contribuir para que haja melhor saúde respiratória para a população portuguesa” e que é vontade do GRESP que as jornadas continuem a crescer. “Este ano, apostámos muito nas oficinas, sessões de verdadeira proximidade, que no fundo vão ao encontro daquilo que é prática clínica do dia-a-dia, em matérias que são altamente pertinentes e que considerámos que podem trazer valor à nossa formação enquanto especialistas de MGF”, acrescentou ainda Rui Costa. O coordenador do GRESP convidou, por último, todos a estarem presentes na sexta edição do evento em 2020, no Porto, nos dias 23 e 24 de abril, “para manter a grandiosidade destas jornadas”.
Já Rui Nogueira, presidente da APMGF, recordou no fecho do evento “que a MGF tem a sensação de que pode fazer mais e melhor no âmbito das doenças respiratórias, não apenas na asma e DPOC, mas também por exemplo ao nível do cancro do sistema respiratório”. O presidente da APMGF frisou, ainda, que o sucesso destas jornadas constitui a prova de que “o trabalho desenvolvido pelo GRESP dá frutos, não somente com estas jornadas, mas também com as academias – que o GRESP desenvolve este ano e que muito admiramos – e com as participações nas reuniões anuais e Escolas da APMGF”.
As Jornadas do GRESP atribuíram também três prémios e uma menção honrosa às melhores comunicações apresentadas em Lisboa. A menção honrosa foi entregue ao trabalho «Pneumovac – Cobertura vacinal contra o S. Pneumoniae em adultos com risco acrescido para DIP» de Vera Passos da Silva (UCSP Caminha), Joana de Além Fernandes (USF Mais Saúde) e Cíntia de Cardal e França (USF Mais Saúde). O terceiro prémio coube a «Benefícios de um projeto de autogestão da doença e exercício físico a pessoas com DPOC», de Liliana Ribeiro (ULS de Matosinhos) e o segundo a «Com uma corda de ar ao pescoço», de Raquel Gomes, Sofia Soares Franco, Mara Eliana (todas da USF Castelo) e Rui Malha (USF Fernão Ferro Mais). Finalmente, o 1º prémio distinguiu o trabalho «Eficácia das diferentes metodologias de ensino da técnica inalatória na DPOC», da autoria de Sara Alves (USF Ruães), Benvinda Barbosa (USF do Minho), Bernardo Pereira (USF Ruães), Filipa Meneses (USF Maxisaúde), Isabel Peixoto (USF Ruães), Marta Neves (USF do Minho), Mélina Lopes (USF Maxisaúde) e Teresa Tomaz (USF do Minho).