Dados recentes divulgados pela Direção-Geral da Saúde (visíveis no gráfico em baixo e reportando-se ao período de 14 de março a 13 de maio) revelam que a esmagadora maioria dos casos – mais de 95% – confirmados de COVID-19 estão no presente a ser acompanhados pelas equipas de cuidados de saúde primários e pelos médicos de família, facto que ilustra o importante papel que as unidades de saúde familiar e unidades de cuidados de saúde personalizados estão a desempenhar na história de sucesso portuguesa relativa ao controlo e mitigação da pandemia entre nós.
“A intervenção dos CSP é por demais evidente com a grande maioria dos doentes a serem seguidos pelos médicos de família diariamente, mantendo isolamento no seu domicilio. Desde 23 de março, mais de 90% dos doentes têm evolução natural para a cura. A necessidade de internamento tem vindo a diminuir de forma mais notória desde meados de abril, ainda que número de casos ativos tenha aumentado numa base diária em Portugal até 11 de maio”, destaca o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Rui Nogueira.
A preponderância dos CSP para a receita bem sucedida adotada no nosso país já havia sido evidenciada pelo consultor da Direção-Geral da Saúde, coordenador do gabinete de crise da Ordem dos Médicos para a COVID-19 e reputado pneumologista Filipe Froes, numa entrevista concedida à estação televisiva EuroNews.