O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Rui Nogueira, garante em entrevista à agência Lusa que os médicos de família estão “muito preocupados” com o impacto que a paragem durante três meses das consultas e dos tratamentos devido à pandemia de COVID-19 pode ter nos doentes crónicos.
De acordo com o dirigente, nos últimos meses os médicos de família recorreram sobretudo às teleconsultas para acompanhar os doentes, uma prática que na sua opinião “facilita em muitos aspetos”. Apesar de muitas situações clínicas serem “facilmente resolúveis pelo telefone ou por e-mail”, Rui Nogueira salienta que os doentes crónicos colocam desafios complexos: “não sabemos ainda quais são as consequências cardiovasculares de enfartes que estão a acontecer ou aconteceram, como é que estão a evoluir os doentes com insuficiência cardíaca, insuficiência renal, os diabéticos, os hipertensos”, sublinhando ainda o caso particular das pessoas com doença oncológica, que “não dá grande margem de manobra”. Leia na íntegra o artigo da Lusa.