Marta Temido afirmou, na Comissão Parlamentar de Saúde, que a tutela pretende a breve trecho ter uma avaliação rigorosa da capacidade instalada ao nível dos cuidados paliativos, quer na rede hospitalar, quer nos cuidados de saúde primários (CSP), pelo que o Ministério deverá concretizar até ao fim de 2020 um “BI dos cuidados paliativos”.
Segundo a governante, “a Comissão Nacional de Cuidados Paliativos tem estado a desenvolver com a Administração Central do Sistema de Saúde um BI dos cuidados paliativos, para permitir a monitorização das equipas a nível hospitalar e dos cuidados de saúde primários”, acreditando Marta Temido que sem tal ferramenta “torna-se difícil todos saberem cada um dos pormenores daquilo que é o desenvolvimento do trabalho que tem estado a ser realizado”.
Ainda de acordo com as explicações dadas pela ministra aos deputados, a resposta do sistema de saúde nesta área permanece claramente deficitária: “neste momento, temos 387 camas, deveríamos ter 491, de acordo com esta indicação, o que significa que não estamos lá, mas também não estamos no sítio onde alguns nos pretendem colocar”. Já relativamente às equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos, Marta Temido confirmou na Assembleia da Republica que deveriam existir no presente 54, mas que são apenas 27 as ativas no território nacional.
Sobre os recursos humanos, em específico, a ministra da Saúde sublinhou que existem apenas 59 médicos com competência em Medicina Paliativa e que a diferenciação da Enfermagem, neste domínio, está ainda em fase de reestruturação.