As duas estruturas sindicais médicas – Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e Federação Nacional dos Médicos (FNAM) – exigiram em comunicado o retomar do diálogo direto com Ministra da Saúde, Marta Temido. A posição foi divulgada após uma cimeira realizada entre as duas estruturas, no dia 31 de agosto. “A Sr.ª Ministra da Saúde não se reúne com os sindicatos médicos desde o início da presente legislatura. Esta atitude incompreensível é substancialmente agravada num contexto de pandemia, provavelmente o maior desafio de sempre para o SNS português”, avançam na nota os dois sindicatos.
O SIM e a FNAM consideram também que “num contexto desta natureza e quando diariamente são aplicadas medidas de claro atropelo aos direitos dos médicos e do seu acordo coletivo de trabalho, é inaceitável que a opinião dos médicos seja alienada desta forma”.
As estruturas sindicais relembram, ainda, que nos “últimos dias assistimos a uma guerra de palavras despoletada por comentários infelizes do Chefe de Governo. No rescaldo deste episódio, os Sindicatos Médicos exigem que as palavras de respeito e apreço por parte do Sr. Primeiro-Ministro tenham um reflexo concreto na modificação da atitude deste Governo para com os médicos”.
Por último, SIM e FNAM reiteram que os sindicatos médicos “apresentaram medidas concretas de capacitação do SNS e de valorização do trabalho médico e exigem a presença da Sr.ª Ministra da Saúde em próxima reunião para as discutir”.