Depois de vários dias de acesas críticas de vários quadrantes da sociedade portuguesa, por não ter ainda revelado as suas orientações estratégicas para o próximo Outono/Inverno, fase critica para o desenvolvimento do atual contexto pandémico, o Ministério da Saúde (MS) apresentou finalmente o seu Plano da Saúde para o Outono-Inverno 2020-21, uma estratégia que segundo o próprio MS “visa dar resposta não só à pandemia, mas a todas as necessidades em saúde da população”.
“Preservar vidas humanas, proteger os mais vulneráveis, particularmente a população idosa a viver em Estruturas Residenciais para Idosos e preparar a resposta ao crescimento epidémico da COVID-19 são os grandes objetivos desta estratégia, que terá uma implementação em cascata”, pode ler-se em nota enviada às redações.
O mesmo comunicado acrescenta que “no que diz respeito à resposta Não COVID-19, é criada uma task-force na dependência do Ministério da Saúde e é feita uma aposta na resposta maximizada nos cuidados de saúde primários, com atendimento presencial, não-presencial e domiciliário, bem como nas respostas de proximidade, incluindo dispensa de medicamentos”.
Já no que respeita à pandemia, antevê-se “um reforço da resposta em saúde pública, especialmente em situações de surtos”, bem como a adaptação das “atuais Áreas Dedicadas à COVID-19 em Áreas Dedicadas aos Doentes Respiratórios”. O Ministério acrescenta que este não é um “documento fechado e será alvo de revisão e atualização bimestral, de forma a acompanhar a evolução epidemiológica e os contributos dos diversos intervenientes”.
De acordo com Rui Nogueira, presidente da APMGF, “o plano está bem desenhado, faseado e cauteloso. Mas pode não ser inteiramente realista se não formos rápidos a dotar os centros de saúde de equipamentos, pessoas e recursos.É um documento aberto e a pensar em possíveis adaptações de acordo com a evolução do conhecimento”. Consulte o Plano da Saúde para o Outono-Inverno 2020-21.