Em entrevista ao Porto Canal, o presidente da APMGF Rui Nogueira comentou o mais recente adiamento da conclusão de um processo concursal para fixação de médicos de família e revelou-se uma voz crítica da forma como têm sido desenvolvidos os concursos de colocação de recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar, os quais tardam todos os anos em efetivar a presença de médicos de família tão necessários no terreno: “estamos um pouco desiludidos, mas este é apenas mais um atraso de uma semana. O nosso problema é com o atraso sistemático que este procedimento tem. Nos últimos anos já era assim, este ano tivemos o percalço na Primavera com a pandemia e atrasou-se o processo dois meses. Depois, houve novo atraso no aviso de lançamento do processo (que acabou por sair no dia 5 de agosto). Já estávamos há um mês à espera desta tramitação administrativa e agora, enfim, contamos com mais uma semana de atraso. São adiamentos muito significativos para nós, porquanto precisamos destes colegas nas unidades de saúde, que estão depauperadas e com mais trabalho, como se sabe”.