Apesar das dificuldades inerentes ao momento presente, bem como aos desafios de uma organização inédita – suportada pela primeira vez numa dinâmica exclusivamente digital – o 37º Encontro Nacional de MGF chegou ao fim com um sentimento geral de satisfação dos participantes e algum alento para a década que agora iniciamos, cuja antecipação foi o mote inspirador para o evento. Um futuro que se antevê difícil, mas também entusiasmante e cheio de oportunidades, para a MGF, para os cuidados primários, para a sociedade portuguesa e também para a APMGF.
“Temos de estar preparados para um novo normal, mas disponíveis para projetar 20-30, uma tarefa que não será desenvolvida em poucos meses e que não se esgotou numa ou em várias sessões desta iniciativa. É preciso criar um momento novo para o desenvolvimento da nossa especialidade e um trajeto para uma década, um movimento de aproximação a todos quantos estão envolvidos na evolução da MGF e não deixando ninguém para trás”, ressalvou Rui Nogueira, presidente da APMGF, no encerramento dos trabalhos.
Já Nuno Jacinto, membro da comissão organizadora e científica do evento e secretário da Direção da APMGF, acredita que o evento, embora diferente daquilo a que os médicos de família portugueses estavam habituados, comportou inovações que importa conservar daqui em diante e muito apreciadas por quem esteve on-line, a participar em debates e workshops, ou a apresentar trabalhos: “foi um Encontro Nacional diferente, num formato novo, mas nem por isso menos interessante, muito pelo contrário. Será certamente um formato que deveremos explorar nos próximos tempos devido à pandemia em que vivemos, mas vamos continuar a produzir ciência, investigação de qualidade, trabalhos de elevado mérito e a ter discussões que a todos nos enriquecem”.