No dia 2 de outubro (sábado), a partir das 08h30, irá realizar-se no grande auditório do Altice Forum Braga e no âmbito do 38º Encontro Nacional a mesa-redonda «Burocracias em Medicina Geral e Familiar». A sessão abordará um dos principais obstáculos diários à missão dos médicos de família (MF) portugueses, que apesar de todas as melhorias organizacionais e progressos dos sistemas de informação verificados nos cuidados de saúde primários (CSP) nos últimos anos continuam a suspirar por um dia-a-dia menos focado em atos administrativos repetitivos e mais centrado na eficácia clínica. A mesa será moderada por Gil Correia (membro da Direção Nacional da APMGF e MF na USF Marquês de Marialva, ACeS Baixo Mondego) e terá intervenções de Adriana Gaspar da Rocha (médica interna de Saúde Pública na Unidade de Saúde Pública do ACeS Baixo Mondego), Ivo Reis (MF na UCSP Soure) e Ângela Santos Neves (MF na USF Araceti).
A diálogo e a discussão sobre esta matéria serão construídos em torno da complexidade e penosidade dos procedimentos burocráticos/administrativos a que os médicos estão obrigados no CSP e que lhes consomem energia e um número muito considerável de horas por semana. Pretende-se abordar o papel do médico na articulação com outros agentes do sistema de saúde e apresentar estratégias práticas para lidar com as questões colocadas.
Serão ainda abordadas as questões da partilha de informação no âmbito da Saúde Pública e a importância da qualidade da mesma. Por outro lado, reconhecendo o impacto na gestão do tempo em consulta e na relação com os utentes, os oradores dissecarão práticas de minimização do impacto na atividade clínica. Por fim, pretende-se enumerar situações que não devem ser executadas pelos MF e conselhos práticos para salvaguardar o médico.