Sindicatos médicos perspetivam lutas vindouras na MGF no 39º Encontro Nacional

Sessão a não perder no 39º Encontro Nacional de MGF será a intitulada «O papel dos sindicatos no novo futuro da MGF», programada para o Centro de Congressos de Aveiro, no dia 1 de abril. Nela participarão representantes das duas estruturas sindicais médicas, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM). O objetivo é o de antever as principais batalhas de reivindicação e afirmação da MGF num futuro a curto e médio prazo e numa fase em que o Serviço Nacional de Saúde atravessa grandes pressões e dificuldades.

De acordo com Jorge Roque da Cunha (secretário-geral do SIM, assistente graduado da USF Travessa da Saúde – ACeS Loures/Odivelas) a sua intervenção neste debate irá clarificar as lutas que aquele sindicato quer intensificar nos meses que se aproximam e as bandeiras que pretende eleger para a especialidade: “retomar o acompanhamento e vigilância da saúde dos doentes nos centros de saúde, melhorar os salários e as condições de trabalho – de forma diminuir as rescisões – aumentar as contrações, de forma a diminuir os utentes sem médico de família e generalizar as USF modelo B, reforçando a formação em exercício”.

Já a Comissão Nacional de MGF da FNAM assegura que o papel da FNAM “sempre foi e será a defesa dos direitos laborais dos médicos, no que respeita à organização do tempo do trabalho médico, condições dignas de trabalho, salário e respeito pela carreira e profissão médica”. Relativamente à área da MGF, a FNAM pretende nos tempos que se avizinham “intervir na revisão do processo da reforma dos CSP, colocando particular empenho e ênfase na criação de condições organizativas, de autonomia e avaliação que proporcionem iguais condições de acesso e qualidade na prestação dos cuidados de saúde, independentemente do modelo organizacional de cada unidade de saúde”. Em acréscimo, os membros desta Comissão asseguram que vão trabalhar em prol do “fim da limitação política à evolução para modelo de USF para todas as unidades que reúnam os critérios definidos”. Estas e outras questões de progressão e justiça sócio-profissional estarão em cima da mesa, numa sessão do 39º Encontro Nacional de MGF que certamente não quererá perder.

 

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