Médicos de Família pedem o fim da guerra e recordam formas de aliviar o sofrimento da população ucraniana

Comunicado

 

Lisboa, 15 de março de 2022 – A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) condena de forma veemente o conflito que decorre na Ucrânia, responsável pela morte e ferimento de muitos milhares de cidadãos e o deslocamento forçado de milhões de pessoas, com o inevitável impacto sanitário para aquela nação e para os países vizinhos do leste europeu. Assim, os Médicos de Família portugueses, através da sua Associação, lamentam a terrível situação humanitária a que assistimos no presente, solidarizam-se com todos os afetados por esta guerra e juntam-se ao movimento internacional de fundo que exige o fim imediato das hostilidades. A Associação deixa ainda uma palavra de solidariedade aos colegas e a todos os profissionais de saúde que se mantêm a trabalhar num cenário de guerra, em prol da saúde dos mais frágeis.

É importante, todavia, não ficarmos de braços cruzados perante este drama. Muitas são as formas de ajudar, quer os refugiados que abandonaram as suas casas e regiões de origem, quer os habitantes que permanecem em cidades, vilas e aldeias afetadas de modo direto pelos combates e os profissionais de saúde que apoiam estas populações. A este propósito, a Organização Mundial dos Médicos de Família (WONCA) delineou uma lista de entidades credíveis e com presença no terreno através das quais todos podemos contribuir para uma mudança positiva, por via de donativos que serão transformados no envio de equipamentos médicos, na formação clínica ou no suporte às estruturas médicas ucranianas, que necessitam desesperadamente de recursos.

Também pode mostrar a sua solidariedade através da campanha «Emergência Ucrânia», desenvolvida pela UNICEF Portugal e que está a fazer chegar àquele país água potável, equipamento médico e cirúrgico, unidades móveis de saúde, ajuda específica à população infantil e juvenil (roupas, kits de higiene, apoio psicossocial, etc.), formação a professores e voluntários para lidarem com necessidades em contexto de catástrofe e diversos mantimentos não alimentares (tendas, colchões, entre outros).

A Cruz Vermelha Portuguesa está igualmente empenhada em socorrer as vítimas desta crise e o seu donativo seria muito bem vindo para esforços que estão ser realizados sobretudo na região metropolitana de Kiev, muita afetada pelos confrontos. Voluntários e colaboradores da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho estão a trabalhar diariamente para entregar materiais médicos urgentes aos hospitais de Kiev. O Comité Internacional da Cruz Vermelha também apoia unidades de cuidados de saúde primários com equipamentos médicos e preparação para emergências.

Não podemos ficar indiferentes, este é o momento de ajudar.

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