APMGF classifica a decisão do Ministério da Saúde em abrir todas as vagas para MGF como “sinal positivo”

Na sequência de uma entrevista do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, ao jornal Público, na qual o governante refere que a tutela vai avançar para a abertura em concurso de todas as vagas para especialistas em MGF existentes nos cuidados de saúde primários (mais de 900, na atualidade), o vice-presidente da APMGF António Luz Pereira declarou à RTP que “é de assinalar a mudança na política de recursos humanos. Até agora tínhamos vindo a assistir a uma política em que se abriam poucas vagas, em zonas mais carenciadas mas o que causavam era a saída de mais médicos de família do sistema”.

O dirigente associativo acredita que “o novo modelo, com abertura de todas as vagas, vai permitir observar uma maior captação de recursos humanos. Tal pode não se verificar logo neste primeiro concurso, mas temos de pensar que irá aumentar a confiança dos médicos de família em termos futuros e mudar este panorama de falta de profissionais que existe. Devemos ter em atenção que não serão ocupadas agora as 900 vagas, mas é um sinal muito positivo, em especial para todos aqueles que estão a fazer a sua formação, ou para aqueles que estão fora do SNS mas têm a intenção de regressar”.

António Luz Pereira ressalvou, no entanto, que abrir as 900 vagas não é suficiente para transformar o cenário atual nos CSP, será também fundamental “haver uma política de reforço da remuneração, alterações na carreira médica e no tamanho das listas dos médicos de família, na redução da burocracia que existe cada vez mais na nossa atividade, para que esta possa ser outra vez uma carreira atrativa no SNS e consigamos finalmente dar um médico de família a cada português”.

 

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