A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar aproveitou o Dia Mundial do Médico de Família em 2023, celebrado a 19 de maio, para inaugurar a sua nova sede distrital em Évora, um espaço onde todos os colegas do Alentejo se podem juntar para formações, desenvolvimento de projetos e partilha de experiências, num ambiente propício ao nascimento de muitas e boas ideias que façam progredir a especialidade de MGF e os cuidados prestados aos utentes.
Na ocasião, a delegada distrital da APMGF em Évora, Helena Gonçalves, salientou que “a Delegação de Évora da APMGF tem uma longa história” e que face à evolução da comunidade de MGF no distrito e à integração de novos membros tinha “atualmente necessidade de um novo lar”, que permitisse “uma utilização mais dinâmica e motivadora”. A dirigente espera que “todos possam desfrutar ao máximo das instalações nos próximos tempos, já que estas foram pensadas para os MF da região e estão preparadas para que possam começar ali a trabalhar”.
Já o presidente da APMGF, Nuno Jacinto, destacou o facto de a inauguração decorrer precisamente no Dia Mundial do MF: “não é coincidência inaugurarmos este espaço hoje, no contexto de uma efeméride celebrada por iniciativa da WONCA (Organização Mundial dos MF) desde há cerca de dez anos e que em 2023 adotou como lema «Médicos de Família: o coração dos cuidados de saúde». Para a nossa Associação, o coração passa também por esta proximidade aos sócios e aos vários locais onde existem MF, sendo as delegações um exemplo vivo disso mesmo”. Nuno Jacinto explicou que o novo espaço será o local “onde todos se poderão reunir e encontrar, trabalhar e conviver” e desejou que a nova sede “seja muito usada, pelos colegas e pelas unidades de saúde, para a execução de trabalhos, no contexto do internato ou para todos os fins que entenderem”.
Segundo a presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA), Maria Filomena Mendes, “é importante que esta nova sede seja um ponto de encontro, de formação, trabalho e espírito de equipa para todos os MF da nossa região e não só”. Na sua perspetiva, esta infraestrutura é mais uma peça num grande puzzle que pode contribuir para aumentar a presença da especialidade no Alentejo Central, que se mostra ainda deficitária: “foi feito um esforço muito grande a nível regional, mas não se tem revelado suficiente. Precisamos de mais unidades de saúde familiar em modelo B, de ter capacidade para fixar, valorizar e remunerar devidamente os profissionais, de lhes dar carreiras ativas e de dar apoio aos MF e demais profissionais de saúde que aqui se queiram instalar (com intervenção em parceria das câmaras municipais)”.