Se ainda não o fez, chegou a ocasião de reservar o seu lugar no I Encontro de Grupos de Estudos da APMGF, cuja primeira edição decorre na Marinha Grande, entre 16 e 18 de novembro. Um dos doze grupos de estudos da APMGF que ali proporcionará ações de atualização clínica e científica de elevado nível é o Grupo de Estudos de Saúde Mental (GESM). Entre as suas propostas para os participantes está uma interessante sessão conjunta com os Grupos de Estudos de Cuidados Paliativos, Saúde do Idoso e da Família, na qual se abordará um caso clínico complexo focado numa pessoa em fase tardia da sua vida. “Será uma boa oportunidade para abordar questões como o envelhecimento, a doença, o luto, a reforma, com o input de cada um dos grupos de estudos. Não será uma sessão meramente expositiva, já que esperamos muito a participação de quem está a assistir e que irá guiar o curso daquela consulta simulada. Trata-se também de um momento perfeito para mostrar como é natural a interligação entre os vários grupos de estudos e como, na prática dos médicos de família, tudo se encontra encadeado”, explica Beatriz Cruz, da coordenação do GESM.
O grupo está igualmente a preparar uma sessão plenária dedicada à saúde mental na infância e adolescência, com particular enfoque “no diagnóstico e prevenção da doença mental logo no início da vida da pessoa, algo que sabemos ter um impacto futuro significativo”. A representante do GESM sublinha ainda a realização de um workshop centrado no doente com perturbações de personalidade, uma ação já desenvolvida pelo GESM no passado mas que será devidamente adaptada ao formato e objetivos deste Encontro: “este é um doente desafiante para nós na consulta, mas que devemos ajudar e tratar, percebendo a melhor maneira de chegar até ele. Pretendemos que seja um workshop dinâmico, com interação desejada de todos e inclusão de materiais multimédia”.
Na perspetiva de Beatriz Cruz, a concretização do I Encontro de Grupos de Estudos da APMGF é bastante oportuna e faz todo o sentido para a especialidade: “na realidade, somos todos internos e especialistas em Medicina Geral e Familiar e tratamos no dia a dia de consultas um pouco de tudo, pelo que seria absurdo cada grupo de estudos permanecer no seu canto, sem olhar para os demais e sem trabalhar em conjunto. Este encontro vai demonstrar a importância de tal colaboração”.