A União Europeia de Médicos de Família (European Union of General Practitioners – UEMO) e a European Junior Doctors Association (EJD) realizaram uma reunião conjunta em Múrcia (Espanha), que culminou com a apresentação oficial e a adoção da «Declaração de Múrcia sobre o Futuro da Medicina Geral e Familiar nos Cuidados de Saúde Europeus», aprovada e assinada por aquelas duas organizações médicas europeias.
O documento apela a “investimentos precisos e especificamente direcionados para a Medicina Geral e Familiar, com particular atenção para regiões em que a prestação de cuidados nesta área é deficitária e visando melhorar o acesso geral a cuidados de saúde de qualidade”. Os signatários admitem também que existe uma “necessidade premente de melhorar o planeamento e a previsão da força de trabalho na prestação de cuidados de saúde, particularmente em relação ao recrutamento e retenção de médicos de família na Europa” e que para reverter o atual cenário negativo se torna essencial “a adoção de estratégias abrangentes de recursos humanos, que abarquem incentivos de recrutamento e retenção, bem como oportunidades de desenvolvimento profissional”.
Em paralelo, o documento frisa a rápida evolução digital do setor da saúde e recomenda que “as ferramentas de eHealth apoiem a qualidade dos cuidados, sejam orientadas para o utilizador e construídas em cooperação pelos profissionais de saúde, pacientes e especialistas em tecnologia. Deve haver um enfoque numa melhor interoperabilidade para evitar cargas de trabalho adicionais, uma vez que as evidências demonstram que tal resulta em maior risco de esgotamento e insatisfação profissional”.
Aceda à «Declaração de Múrcia sobre o Futuro da Medicina Geral e Familiar nos Cuidados de Saúde Europeus».