Dois grupos de estudos da APMGF unem esforços para debater a Medicina Paliativa Centrada na Pessoa

No âmbito do I Encontro de Grupos de Estudos da APMGF – evento inédito que congregará doze dos grupos de estudos da APMGF num só local, permitindo aos participantes criar o seu próprio road map formativo em Medicina Geral e Familiar – o Grupo de Estudos da Medicina Centrada na Pessoa (GEMCP) e o Grupo de Estudos de Cuidados Paliativos (GEsPal) desenvolvem em parceria, na tarde do dia 17, o workshop «Medicina Paliativa Centrada na Pessoa – redundância ou necessidade?».

A Medicina Centrada na Pessoa e os Cuidados Paliativos representam duas abordagens diferentes, mas intimamente relacionadas. Apesar de terem focos e objetivos próprios, partilham do comprometimento na melhoria da qualidade de vida das pessoas, numa fase em que atravessam um complexo e desafiante percurso de doença.

A ideia da realização de um workshop conjunto acerca do tema partiu da discussão de um caso real de um doente em fase terminal em que, apesar de todos os cuidados prestados, ficava a dúvida quanto a terem sido respeitadas as prioridades do doente e da reflexão acerca de como essa dúvida poderia causar sofrimento ao próprio doente, à sua família e aos profissionais de saúde envolvidos”, explica Joana Silva Monteiro, do GEMCP.

Já Nuno Caires, membro do GEsPal, assegura que existem questões fundamentais a responder nestes contexto e que o workshop a realizar na Marinha Grande pode representar um ajuda nesse importante caminho: como podemos englobar uma atitude centrada na pessoa com doença terminal? Parece óbvio, mas não o é. O nosso workshop desafia os participantes a refletirem sobre a sua prática clínica e a integrarem o que é uma abordagem centrada na pessoa em fim de vida, através duma discussão dinâmica e proativa”.

Com este workshop, que será baseado na discussão de casos clínicos complexos, pretende-se uma reflexão acerca da necessidade de manter uma postura centrada na pessoa como “bússola” na prestação de cuidados, nomeadamente cuidados paliativos, como forma de reduzir o seu sofrimento e auxiliar no processo de vivência de uma doença grave, mantendo a dignidade e conforto enquanto se proporcionam os melhores cuidados possíveis.

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