Medicina Centrada na Pessoa

Quantas vezes nos deparamos com a frustração de não saber como ajudar aquela pessoa que marca muitas consultas num ano?

Quantas vezes nos deparamos com o dilema de cumprir um indicador ao invés de ouvir aquilo que a pessoa nos tem para dizer?

Quantas vezes nos sentimos assoberbados com aquela pessoa que aborda múltiplos problemas na consulta?

Quantas vezes tomámos uma decisão sem questionar a opinião da pessoa que queremos ajudar por pressão ou por paternalismo?

Quantas vezes nos deparamos com a frustração de estar a recomendar medicações a pessoas sem obtermos qualquer resultado verificável?

Quantas vezes chegamos ao fim do dia frustrados por não julgarmos ter conseguido fazer algo positivo com alguém que nos procurou ou mesmo com a sua crítica de que nada de bom lhe conseguimos propor?

Introdução – Para quê?

O Método Clínico Centrado na Pessoa é constituído por 4 pilares que se potenciam: 1) Explorar a saúde, a doença e a experiência individual de doença, 2) Considerar a pessoa como um todo, 3) Encontrar o “terreno comum”/entendimento e 4) Melhoria da relação médico-utente.

Será provável que todos os médicos que praticam Medicina Geral e Familiar (internos ou especialistas) refiram que fazem trabalho clínico centrado na Pessoa. Mas será tal realidade ou temos essa sensação empiricamente?

O Grupo de Estudos em MCP procura responder às seguintes necessidades:

  • Aprendizagem: Como aprendemos a Medicina Centrada na Pessoa (MCP)? E quando? Como a aceitamos? Como nos revemos no modelo, no método e em particular na Pessoa? Como atuar perante a pessoa com multimorbilidade, ou muito utilizadora dos cuidados de saúde, ou a quem queremos evitar polifarmacoterapia ou mesmo fazer desprescrição?

  • Formação contínua: Como renovamos os nossos conhecimentos sobre a prática de MCP? Como resistimos ao paternalismo e ao pensamento médico virado só para a doença?

  • Verificação de resultados: Como verificamos a eficiência do modelo na satisfação, bem-estar, melhor adesão e melhor qualidade de vida daqueles que nos procuram? E nos médicos? Como medimos e verificamos a satisfação profissional, bem-estar, melhor qualidade de vida, menos consultas por utente e mais pessoas diferentes a terem acessibilidade a consulta? E o impacto nos “indicadores”?

Objetivos – O que pretendemos?

A evidência é clara quanto às vantagens da utilização deste método na nossa prática clínica tanto para os profissionais de saúde como para as pessoas que ajudamos.

Assim os nossos objetivos são:

  • Promover maior eficácia na consulta;
  • Melhor gestão de tempo e recursos na consulta;
  • Diminuir potenciais erros na prática clínica;
  • Melhorar a satisfação do utente e do médico.

Plano de ação – Como queremos pôr tudo em prática?

  • Formação Contínua de profissionais de saúde através de cursos e “oficinas de trabalho” em Encontros/Congressos/Reuniões;

  • Criar evidência e apoiar projetos para fomentar a prática do MCCP através da investigação.

Se tem interesse por este tema e gostava de colaborar connosco;

Se tem ideias, sugestões ou projetos que gostasse de partilhar por favor contacte-nos através do seguinte endereço: mcp.apmgf@apmgf.pt

Queremos ser inclusivos!

Constituição

José Augusto Simões, MD, PhD

Luiz Miguel Santiago, MD, PhD

Maria Beatriz Morgado, MD

Rita Lopes da Silva, MD

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