Quantas vezes…
… nos deparamos com a frustração de não saber como ajudar aquela pessoa que marca muitas consultas num ano?
… nos deparamos com o dilema de cumprir um indicador ao invés de ouvir aquilo que a pessoa nos tem para dizer?
… nos sentimos assoberbados com aquela pessoa que aborda múltiplos problemas na consulta?
… tomámos uma decisão sem questionar a opinião da pessoa que queremos ajudar por pressão ou por paternalismo?
… chegamos ao fim do dia frustrados por julgarmos não ter conseguido fazer algo positivo com alguém que nos procurou?
O que é a MCP?
O Método Clínico Centrado na Pessoa é constituído por 4 pilares que se potenciam:
1) Explorar a saúde, a doença e a experiência individual de doença,
2) Considerar a pessoa como um todo,
3) Encontrar o “terreno comum”/entendimento,
4) Melhoria da relação médico-utente.
A MCP encontra-se intimamente relacionada com:
• Comunicação: A MCP reconhece a importância da comunicação eficaz entre o médico e o utente. Uma comunicação aberta e clara é um elemento fundamental para a decisão partilhada.
• Empatia: A compreensão das experiências, preocupações e perspetivas do utente melhora os resultados em saúde. Cada utente é um indivíduo único e não como um conjunto de sintomas.
Será provável que todos os médicos que praticam Medicina Geral e Familiar (internos ou especialistas) refiram que fazem trabalho clínico centrado na Pessoa. Mas será tal realidade ou temos essa sensação empiricamente?