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Projetos, prioridades e objetivos do Colégio da Especialidade
O Colégio de Medicina Geral e Familiar 17-20
“If you want to go fast, go alone. If you
want to go far, go with others.”
Provérbio Africano
deficientes, para o exercício da espe- participação:
cialidade;
• Proximidade de interação com to-
• Certificação para toda a vida pro- dos os MF, em todas as unidades pú-
fissional sem plano de desenvolvi- blicas, privadas e do sector social;
mento profissional contínuo dos MF
do Serviço Nacional de Saúde (SNS), • Mobilização e estímulo à partici-
bem como dos setores social e priva- pação, com especial atenção aos
do, ao longo das suas carreiras; recém-especialistas que reconstitui-
rão o universo dos MF portugueses,
• Iniquidade das condições de pres- em três a cinco anos, permitindo a
tação de cuidados com a manuten- cobertura total dos cidadãos que de-
ção, após 12 anos de reforma dos sejem ter um MF no SNS;
CSP no continente, de variações nas
condições de trabalho e nos recursos • Trabalho em rede organizando
Maria Isabel Pereira dos Santos alocados nas cerca de 870 unidades grupos de interesse, nomeando de-
Presidente do Colégio da Especialidade de Medicina Geral e (USF e UCSP); legados, colaborando em regime
Familiar da Ordem dos Médicos) de complementaridade com as
• Imposição de listas de utentes com associações profissionais do ramo,
dimensões desajustadas em relação aproveitando a valiosa experiência
ao contratualizado, à duração dos acumulada e potenciando um futu-
Os colégios na Ordem dos Médicos Destes destacam-se: horários de trabalho e à abrangên- ro alicerçado no histórico desenvolvi-
Nos termos do artigo 69.º do Estatuto • A ampla transição geracional no cia, à complexidade e tempos esti- mento da especialidade de MGF;
da Ordem dos Médicos, os Colégios universo dos médicos de família (MF) mados de execução de atividades e
de Especialidade são órgãos técnicos portugueses; de atos em MGF; • Articulação e cooperação com os
e consultivos da Ordem dos Médicos. diversos órgãos e serviços da OM, em
O Colégio de Medicina Geral e Fami- • Uma cultura de internato ainda • Trabalho em equipa com deficiente especial com os órgãos regionais e
liar existe desde 1997, sucedendo ao pouco alicerçada na formação em deslocação de tarefas entre grupos distritais e com os outros Colégios de
anteriormente denominado Colégio estágio e no campo do trabalho; profissionais e da responsabilidade na Especialidade, porque a Medicina é
de Clínica Geral (1984-97). Foi presi- gestão de cuidados; um todo e a MGF se interliga com to-
dido sucessivamente pelos colegas • Certificação de locais formativos das as especialidades;
Dr. Manuel Jácome Ramos, Dr.ª Luísa com indicadores desajustados face • Sobrecarga e burnout com com-
Costa, Dr.ª Maria José Pereira Reis, Dr. às mudanças ocorridas com a Refor- promisso da segurança dos doen- • Fomentar uma cultura de profissio-
Álvaro José Alves Pereira, e Dr. Men- ma nos CSP; tes e dos profissionais sem olhar à nalismo, de personalização, de rigor
des Leal. De 2003 até 2017, a presi- eficiência. científico, compreensão e humanis-
dência coube ao Dr. Silva Henriques. • Gestão administrativa que adultera mo, enquanto pilares essenciais da
Nas eleições de 2017 foi eleita uma e perverte o exercício clínico, com- A resposta a estes desafios requer a MGF qualificada.
nova direção. Este novo colégio su- prometendo uma prática humanis- intervenção de outras entidades mas
cede a uma liderança de 14 anos e ta, qualificada, cientificamente fun- é função do Colégio da especiali- Os projetos e as prioridades
naturalmente apresenta-se com uma damentada e respeitadora da ética dade de MGF apontar pistas, criar No plano de ação, as áreas de
forma de fazer diferente e uma nova médica; instrumentos, dinamizar ações que intervenção são as seguintes:
visão para o futuro. contribuam de uma forma decisiva 1 - Condições do exercício clínico,
• Informatização inadequada de para uma construção coletiva de so- que inclui a monitorização e avalia-
Razões de uma candidatura processos com múltiplas aplicações luções. Os princípios que norteiam a ção das condições de exercício clíni-
As razões que conduziram à nossa informáticas que aumentam o risco ação: Proximidade, Profissionalismo co, com prioridade para as situações
candidatura prendem-se com os de- de erro e que comprometem a segu- e Participação. identificadas como problemáticas,
safios que se colocam, atualmente, à rança e saúde dos profissionais e dos Encontrar a melhor resposta passa, terá em conta:
Medicina Geral e Familiar (MGF) e aos doentes; no entender do coletivo, por uma a. Planeamento e gestão provi-
Cuidados de Saúde Primários (CSP) e estratégia assente em três pilares, sional de recursos - humanos, de
que exigem respostas inovadoras. • Locais com condições técnicas proximidade, profissionalismo e instalações e de equipamentos em
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Jornal Médico de Família • n.º 13• IV Edição • 4º trimestre de 2018