Dor crónica vai ser examinada ao pormenor no 19ºENIJMF em sessão interativa

Não perca a mesa-redonda «Dor crónica: a grande incompreendida», projetada em conjunto pela APMGF e pela Comissão de Internos de MGF do Algarve no âmbito do 19º Encontro Nacional de Internos e Jovens Médicos de Família (ENIJMF). Esta mesa decorrerá a 19 de maio, a partir das 12h30.

A sessão contará com a moderação de Natércia Joaquim (médica interna de MGF na USF Balsa – ACES Algarve III – Sotavento), que será acompanhada na mesa por Joana Atabão (interna de MGF na USF Ria Formosa – ACES Algarve I – Central), Raul Marques Pereira (MF na USF Lethes – ACES Alto Minho e coordenador do Grupo de Estudos da Dor da APMGF) e Rui Miranda (MF na USF Balsa). Será, sobretudo, uma sessão muito interativa, com apresentação de casos clínicos e recurso a televoto, com vista a debater questões importantes na abordagem da dor crónica em consulta de MGF, em particular matérias como a afetação da qualidade de vida do doente, a avaliação do indivíduo com dor crónica e a exposição das melhores terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas existentes e que podem mitigar o sofrimento destes doentes.

Pessoalmente, gostaria que fossem abordados os temas relacionados com a avaliação do impacto da dor crónica, em particular na funcionalidade e as barreiras à adequada abordagem e tratamento”, adianta Natércia Joaquim. A médica da USF Balsa e representante da Comissão de Internos de MGF do Algarve garante que a dor crónica é ainda mal compreendida no nosso país por razões históricas e difíceis de ultrapassar: “os dados de que dispomos atualmente apontam para que exista um conjunto de atitudes, crenças e mitos, quer dos utentes, quer dos próprios médicos, que constituem uma barreira importante à adequada abordagem da dor crónica. De facto, na nossa sociedade, com fortes raízes na cultura judaico-cristã, o sofrimento físico é muitas vezes entendido como uma fatalidade e como algo que devemos tolerar estoicamente”.

Assim, para Natércia Joaquim, “o título da sessão inspira-se nesta realidade onde, de facto, a dor crónica, é muito incompreendida. Consideramos que é muito importante discutir estas temáticas de modo a clarificar a dimensão do problema e a fazer entender que a dor pode e deve ser tratada, não sendo o sofrimento uma inevitabilidade. Há que entender que a dor crónica é uma doença, que é crónica e que, tendo grande repercussão na qualidade de vida da pessoa, carece de um plano de tratamento continuado”.

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