No Dia do SNS OM e APMGF explicam razões para fraca fixação de médicos de família

Hoje, dia 15 de setembro, quando se celebram os 42 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), representantes da Ordem dos Médicos (OM) e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) visitaram o Centro de Saúde de Algueirão/Mem Martins, unidade que no último concurso de colocação de recém-especialistas em MGF conseguiu ver preenchidas apenas cinco das 29 vagas disponibilizadas. Este é apenas um dos muitos exemplos de unidades na Região de Lisboa e Vale do Tejo que apresentam crescentes dificuldades em ficar médicos de família (MF), um cenário que muito tem contribuído para o aumento do número total de portugueses sem MF atribuído, valor que já superou um milhão de pessoas. “Temos no país mais de um milhão de pessoas sem MF. Isto é para nós muito preocupante, porque a MGF é, contrariamente àquilo que disse recentemente o Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o suporte essencial do funcionamento de qualquer sistema de saúde. Portanto, o apelo que deixamos neste dia é o de que se reforce de forma substantiva a capacidade de resposta do SNS”, declarou na visita o bastonário da OM, Miguel Guimarães.

Já Nuno Jacinto, adiantou que existem em Portugal “médicos de família formados no SNS em número suficiente para dar resposta às necessidades. O problema consiste em fixá-los e se não os conseguimos fixar – como sucedeu no recente concurso de recém-especialistas – eles acabam por ter outras opções e as vagas ficam vazias. Ora é isto que não pode acontecer!”. Miguel Guimarães completa o raciocínio e relembra que “o país forma mais de 500 especialistas em MGF por ano. O que significa que se todos fossem contratados anualmente e todos aceitassem trabalhar no SNS, resolvíamos o problema de acesso aos MF num período de dois anos”.

 

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