Primeiros dados do Vacinómetro mostram que quase um terço dos profissionais já foi vacinado contra o vírus influenza

Já são conhecidos os primeiros dados do projeto Vacinómetro – que monitoriza a vacinação contra a gripe sazonal em grupos prioritários durante a época gripal 2021/2022. Os resultados apurados demonstram que 32,2% dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes já foram vacinados contra o vírus da gripe. Nas pessoas portadoras de doença crónica a percentagem de vacinados apurada é de 16% e de acordo com uma sub-análise realizada 12,5% dos diabéticos e 15,5% dos doentes com patologia cardiovascular já foram imunizados. Um total de 17,5% dos indivíduos com 65 ou mais anos de idade também já receberam a vacina e no grupo dos 80 ou mais anos de idade 38,8% afirmaram já terem sido vacinados. No sub-grupo dos 60 a 64 anos, o Vacinómetro aponta para uma taxa de cobertura vacinal de 9,9% e da amostra de grávidas analisada afere-se uma taxa de vacinação de 41,3%, sendo que 35,9% das mulheres grávidas inquiridas não vacinadas ainda tencionam fazê-lo.

De referir que no grupo de indivíduos já vacinados os principais motivos alegados para concretizar a vacinação são a recomendação do médico (41,7%), uma iniciativa em contexto laboral (30,2%) e a vontade individual de o fazer (19,9%). Com base nesta primeira vaga de dados do Vacinómetro 2021/2022 é possível ainda perceber que, entre os grupos com recomendação de vacinação (segundo a Norma nº 006/2021 da DGS), 30,4% dos indivíduos se vacinam pela primeira vez e 60,7% dos indivíduos não vacinados ainda tencionam proteger-se.

O Vacinómetro é um projeto de monitorização da cobertura vacinal, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), com o apoio da Sanofi Pasteur. Lançado no ano de 2009, o Vacinómetro permite monitorizar, em tempo real, a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela DGS. Nesta época estão envolvidos na amostra do estudo 4000 participantes, residentes em todo o território de Portugal Continental e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a quem são aplicados questionários telefónicos, através do sistema CATI.

 

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