Médicos de família debatem estratégias mais eficazes contra a insuficiência cardíaca

No dia 1 de abril, a partir das 12h30, irá realizar-se uma conferência subordinada à temática da insuficiência cardíaca patrocinada pela Novartis no âmbito do 39º Encontro Nacional de MGF, cujo orador convidado será Jonathan Dos Santos, presidente do Conselho Clínico e de Saúde do ACeS Baixo Tâmega, médico de família na UCSP Celorico de Basto e investigador do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS).

É sabido que os cuidados de saúde primários (CSP) têm um papel fulcral no percurso da insuficiência cardíaca e que face ao envelhecimento populacional e à sobrevivência a eventos isquémicos e intervenção precoce de outros fatores de risco, esta patologia prevê aumentar a sua incidência de forma significativa nos próximos anos.

Porém – e como recorda Jonathan Dos Santos – “se estes doentes não forem identificados e devidamente orientados, iremos presenciar a uma sobreutilização dos serviços, sejam eles os CSP ou os cuidados hospitalares. Depois da identificação destes doentes, urge implementar medidas como abordagem terapêutica farmacológica e não farmacológica, controlo dos fatores de risco e fornecer suporte nas situações agudas”.

A ciência tem trazido recentemente várias opções terapêuticas no campo da insuficiência cardíaca com resultados extraordinários, no entanto a sua versatilidade é por vezes um obstáculo à introdução. Entre os quatro pilares de tratamento e influenciadores do prognóstico encontramos os IECA/ARNI, beta-bloqueadores, antagonista dos recetores de mineralocorticóides e os inibidores da SGLT-2. Não há dúvidas sobre a escolha dos beta-bloqueadores, antagonistas dos recetores de mineralocorticóides e inibidores de SGLT-2. Quanto aos IECA e ARNI, parece manter-se a dúvida sobre as opções a fazer. “Deste modo, nesta conferência, iremos abordar a orientação farmacológica dos doentes de médico de família para médicos de família, no formato pergunta-resposta, com ênfase nas dificuldades de ajuste terapêutico nestes doentes”, explica o conferencista.

 

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