Dados finais da época gripal 2022/2023 revelam que 83,2% dos portugueses com 65 ou mais anos de idade terão sido vacinados

Os dados do relatório da última vaga do Vacinómetro® 2022/2023 revelam que, à semelhança do ano passado, Portugal ultrapassou a meta de 75% de taxa de vacinação contra a gripe proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo este estudo, cerca de 83,2% (margem de erro de ±3,2% para um IC de 95%) das pessoas com 65 ou mais anos de idade terá sido vacinada.

Esta análise revelou que, da população incluída, terão sido vacinados contra a gripe sazonal desde o início da época 2022/2023 79,7% dos indivíduos portadores de doença crónica – uma subida de 2,7 pontos percentuais em comparação com a 3ª vaga do Vacinómetro® 2022/2023 (77%) – 52,6% dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes, 33,4% dos portugueses com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos (mais 6,3 pontos percentuais em relação ao número de indivíduos vacinados na 3ª vaga) e 83,2% dos indivíduos com 65 ou mais anos de idade. Na análise realizada destaca-se também a proteção das mulheres grávidas, com uma cobertura vacinal de cerca de 69,2%. Em relação à população entre os 18-59 anos de idade, o relatório mostra uma taxa de vacinação de 6%.

Do total da amostra consegue-se aferir que 48% da população em análise já terá sido vacinada. Além disso, entre a população não vacinada, 13,2% ainda tenciona vacinar-se. Entre o grupo de indivíduos vacinados, os principais motivos invocados pelos inquiridos para se vacinarem incluem recomendação do médico (29,2%), notificações para agendamento pelo SNS (28,3%), campanhas no contexto laboral (22,3%) e iniciativa própria (16,6%).

“Os dados finais da época gripal 2022/23 são muitíssimo satisfatórios. Pelo quarto ano consecutivo, os resultados mostram que Portugal atingiu e superou a meta definida pela OMS para a cobertura vacinal das pessoas com mais de 65 anos de idade. Também nos doentes crónicos e nas grávidas os valores obtidos são bastante positivos. No seu conjunto, estes resultados indicam que os portugueses confiam na vacinação anti-gripal e que reconhecem a sua importância e o seu valor, em particular no que toca aos grupos vulneráveis e de risco. A elevada cobertura vacinal obtida tem impacto direto na proteção contra a gripe, diminuindo a incidência e impedindo cadeias de transmissão, mas tem também enormes benefícios na diminuição de complicações da gripe, por exemplo prevenindo a ocorrência de eventos cardiovasculares ou a descompensação de doenças crónicas”, destaca Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).

Pelo 14º ano consecutivo, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e a APMGF, com o apoio da Sanofi, apresentam os resultados do Vacinómetro®, um estudo que monitoriza a vacinação contra a gripe durante a época gripal através de questionários realizados a uma amostra populacional representativa dos grupos alvo definidos nas recomendações da Direcão-Geral da Saúde (DGS).

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