José Falcão Tavares apresenta a 31 de maio “O beijo de Éva Kiss”

No próximo dia 31 de maio, pelas 11h00, vai ser apresentado o romance “O beijo de Éva Kiss”, obra que marca a estreia na ficção do médico de família, escritor e fundador do jornal Médico de Família, José Falcão Tavares. A sessão – que decorrerá na Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes – contará com a presença do autor e apresentação do livro por Maria Helena Bandos e Maria Rosa Garcia. Nesta história que recomendamos vivamente a todos os colegas, José Falcão Tavares (alguém que desde há muito associamos à Medicina Narrativa e que tem sido um dos grandes apoiantes do Clube de Leitura da APMGF) explora os primórdios da Psicanálise, a construção da Europa moderna e os limites ténues entre razão e loucura, num contexto de elegância e delicadeza que marcou o início do século XX em Budapeste, cidade onde se centra a ação. Se estiver perto de Abrantes no dia 31, não perca a oportunidade para conversar com Falcão Tavares e conhecer um pouco melhor a sua primeira obra ficcional, “O beijo de Éva Kiss”!

 

O que podem os leitores esperar deste romance histórico?

José Falcão Tavares – Podem esperar muito e devem esperar muito. Porque o romance histórico, feito com pesquisa e muita leitura, oferece ao leitor uma história única, a história recente da Hungria e o inicio da Psicanálise. Com estes temas escolhi um narrador que fosse próximo do leitor, o barbeiro da rua Király, e a fantasia emprestada por ele ao enredo torna-o um bom ponto de partida para uma trilogia. Os seus temas são o amor, o trauma e a perda, temas clássicos.

Tem uma longa experiência de escrita noutros registos, mas esta é a sua estreia na ficção. Por que motivo escolheu o início do século XX, Budapeste e a infância da Psicanálise como referenciais para esta narrativa?

Tal aconteceu porque o pretexto era uma pergunta: “O que é a lacuna básica?”. Ou outra: “O que é o amor primário?”. Queria entender melhor o significado destas noções básicas criadas por Michael Balint, já que fora fundador da Associação Portuguesa dos Grupos Balint em 1992, com queridos amigos. Seria mais fácil compreendê-lo se tivesse acesso ao mestre de Balint, o Dr. Sándor Ferenczi. E essa busca tornou-se o fio de uma meada. Uma surpresa atrás de outra.

Como surgiu a ideia de escrever este livro e como foi o processo de o “trazer ao prelo”?

Nunca pensei demorar tantos anos a publicá-lo. Demorei um ano e meio com a primeira versão e três anos com a segunda. Sabia, no final de 2023, que seria difícil publicá-lo. A Gato Bravo, a editora brasileira que publicou o romance, foi uma experiência que resultou.

 

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