Dar Voz às Pessoas Mais Velhas: Aspirações, Bem-Estar e Direitos em Foco

No dia 1 de outubro de 2025 assinala-se o 35.º Dia Internacional das Pessoas Mais Velhas, instituído pelas Nações Unidas. O tema deste ano é “Older Persons Driving Local and Global Action: Our Aspirations, Our Well-Being, Our Rights” e convida-nos a refletir sobre o papel transformador das pessoas mais velhas na sociedade e sobre a urgência de garantir que as suas aspirações, o seu bem-estar e os seus direitos humanos sejam plenamente respeitados.

Portugal, à semelhança de muitos países europeus, vive um processo acelerado de envelhecimento demográfico. Esta realidade traz desafios indiscutíveis, mas também enormes oportunidades. As pessoas mais velhas não são apenas destinatárias de políticas sociais ou de cuidados de saúde: são agentes ativos de mudança. Participam no voluntariado, apoiam famílias, transmitem saberes e contribuem para a coesão social e para comunidades mais resilientes.

Promover o envelhecimento saudável nos cuidados de saúde primários implica ouvir as pessoas mais velhas nas decisões que lhes dizem respeito, garantir cuidados acessíveis, próximos e contínuos e apoiar comunidades inclusivas que previnam o isolamento e o idadismo. Para os médicos de família e profissionais de saúde, cuidar significa também defender direitos: reconhecer desejos e projetos de vida, mesmo na fragilidade, e valorizar o envelhecimento como uma etapa plena de dignidade e contributos.

O Grupo de Estudos de Saúde do Idoso (GESI) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) associa-se à celebração deste Dia Internacional sublinhando que a transformação de que o mundo precisa só será possível com a participação ativa das pessoas mais velhas. Dar voz às suas aspirações, proteger o seu bem-estar e garantir os seus direitos é, ao mesmo tempo, uma questão de justiça e uma oportunidade para construir sociedades mais justas, inclusivas e solidárias.

Neste 1 de outubro, celebramos não apenas a idade, mas sobretudo o valor das pessoas que a vivem.

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