O Hospital da Luz Learning Health e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar vão organizar em parceria o curso SimPOCUS MGF, o qual decorrerá nos dias 5 e 6 de fevereiro de 2026. Pode inscrever-se e recolher mais informações aqui. Este curso foi concebido para médicos de MGF, sem formação prévia em POCUS e será composto um módulo de e-learning prévio (2 horas), facultativo, e por 13 horas presenciais, organizadas em um dia e meio, totalmente prático, envolvendo estações de trabalho práticas com voluntários saudáveis e simuladores de alta fidelidade. Tem como destinatários médicos de Medicina Geral e Família e médicos internos da especialidade de Medicina Geral e Familiar.
Os formandos que terminarem o curso deverão saber explicar os aspetos ecográficos de abcessos de partes moles, conhecer a estrutura anatómica da aorta abdominal abordável por ecografia e suas limitações, identificar as principais estruturas vasculares e peri-vasculares do eixo íleo-femural oculares e aspetos patológicos urgentes, conhecer os aspetos básicos dos protocolos eFAST, FoCUS e BLUE, as suas limitações e as aplicações no âmbito ambulatório, saber configurar os ecógrafos para obtenção de imagens corretas e colocar as questões clínicas corretas antes de iniciar um protocolo POCUS. Devem, igualmente, após a conclusão da formação saber utilizar protocolos ultrassonográficos focados em patologias, na abordagem inicial de doentes com situações clínicas agudas ou não previamente diagnosticadas, ter a capacidade de utilizar os principais protocolos POCUS aplicáveis em contexto de urgências ambulatórias, procurar as principais alterações ecográficas expectáveis nas situações de urgência e trauma mais frequentes em ambulatório, registar os achados do exame em processo clínico, enquadrar a realização de um exame POCUS na abordagem inicial do doente e articular-se corretamente com médicos de outras especialidades médicas ou cirúrgicas para a correta interpretação de resultados duvidosos.
A ultrassonografia tem vindo a expandir a sua utilidade clínica para novas áreas de influência, resultado da evolução tecnológica dos equipamentos, nomeadamente do aumento da sua portabilidade. As situações clínica de urgência e emergência e os diferentes contextos assistenciais em que decorrem têm beneficiado desta nova ferramenta diagnóstica.
A tendência das últimas décadas é de dotar os médicos que estão “no terreno” com competências de ultrassonografia, para poderem implementar protocolos de atuação em tempo real. Assim será no contexto de assistência médica em ambiente ambulatório, seja de consulta programada ou não programada, nas unidades dos cuidados de saúde primários.
A abordagem inicial, sobretudo em doença aguda ou crónica agudizada, beneficia da possibilidade diagnóstica imediata complementar dos dados anamnésicos. É neste enquadramento que entendemos como eficaz e eficiente a aquisição de competências na área específica de ultrassonografia de cabeceira.












