Centros de saúde de LVT vão ter consultas de Oftalmologia a partir de setembro

Protocolo entre ARSLVT e IOGP melhora integração de cuidados

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
(ARSLVT) e o Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP)
assinaram um protocolo de cooperação que abre as portas à
realização de consultas de Oftalmologia nos centros de saúde da
ARSLVT que têm utentes referenciados para o IOGP. O protocolo terá
uma concretização experimental, numa primeira fase, no Agrupamento
de Centros de Saúde (ACES) de Sintra, com as primeiras consultas a
realizarem-se já neste mês de setembro, nas instalações
recentemente inauguradas para acolher a Unidade de Saúde de Agualva.
O protocolo em questão foi assinado no passado dia 30 de agosto, na
sede da ARSLVT, pelo presidente da ARSLVT Luís Pisco e por Erica
Cardoso, presidente do IOGP.

O IOGP
providenciará, no âmbito deste acordo, a deslocação de
oftalmologistas e técnicos de ortóptica aos centros de saúde,
evitando que os utentes se desloquem às instalações do IOGP.

Por seu turno, a
ARSLVT garantirá o apoio de enfermeiros e administrativos, assim
como os espaços físicos e os equipamentos necessários às
consultas. Ações de formação aos médicos e enfermeiros dos ACES
de Lisboa e Vale do Tejo e a promoção da literacia em saúde e
autocuidados dirigida aos utentes também estão contemplados no
protocolo.

“Este protocolo
terá impacto sobretudo em locais que têm muitas referenciações
para o IOGP e onde existem maiores listas de espera, como acontece
neste momento no ACES de Sintra. O facto de neste ACES se ter
inaugurado há pouco tempo um novo centro de saúde em Agualva, um
espaço excelente e muito apropriado para realização destas
consultas de Oftalmologia, conciliou-se na perfeição com os
objetivos desta iniciativa”, explica Luís Pisco.

O presidente da
ARSLVT garante, em acréscimo, que a instituição por si liderada
vai continuar a apostar em projetos que permitam uma maior
proximidade entre especialidades clínicas e acesso mais fácil a
cuidados de saúde diferenciados por parte das populações: “outro
exemplo atual regista-se na região do Médio Tejo e na área da
Saúde Materno-Infantil, com o Centro Hospitalar do Médio Tejo a
desenvolver consultas em Fátima. Sempre que existir oportunidade,
vamos percorrer este caminho, centrado na integração de cuidados e
na vontade de descentralizar consultas para os CSP”.

Para o presidente da
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Rui
Nogueira, esta “é uma medida de grande alcance e com um particular
significado num centro de saúde onde a falta de médicos de família
se faz sentir há muito tempo. Apesar da falta de médicos de família
e de muitos utentes sem médico, regista-se que há soluções para
outros problemas”.




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