Dados iniciais do Vacinómetro comprovam que cobertura vacinal contra a gripe aumenta em todos os grupos prioritários face à última época

Já são conhecidos os primeiros dados do projeto Vacinómetro – que monitoriza a vacinação contra a gripe sazonal em grupos prioritários durante a época gripal 2024/2025. Os resultados apurados na primeira vaga (com recolha de dados de campo entre 10 e 14 de outubro) demonstram que desde o início da época 2024/2025 a cobertura vacinal aumentou em todos os grupos prioritários comparativamente ao mesmo período do ano transato. Assim, um total de 31,7% dos indivíduos com 65 ou mais anos de idade já recebeu a vacina e no sub-grupo dos 60 a 64 anos, o Vacinómetro aponta para uma taxa de cobertura vacinal de 14,4%. Nas pessoas portadoras de doença crónica a percentagem de vacinados apurada é de 32,3% e de acordo com uma sub-análise realizada, 43,8% dos diabéticos, 28,3% dos doentes com patologia cardiovascular e 33,3% dos doentes com DPOC já foram imunizados. Realce ainda para o facto de 18,5% dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes já terem sido vacinados contra o vírus da gripe e 54,2% das grávidas afirmarem já estar vacinadas nesta fase.

De referir que no grupo de indivíduos já vacinados os principais motivos alegados para concretizar a imunização são a recomendação do médico (43,7%), a vontade individual de o fazer (29,7%), a imunização no contexto de uma iniciativa laboral (13,2%) e a receção de notificação de agendamento pelo SNS (8%). A distribuição por região das pessoas com 65 ou mais anos de idade vacinadas mostra que 56% destas pessoas já se vacinaram na região Autónoma da Madeira, 46,7% no Alentejo, 38,7% na Região Norte, 28,6% na Região Centro e 27,4% na área metropolitana de Lisboa. No Algarve, a percentagem é de 18,9% e na Região Autónoma dos Açores de 7,1%.

Desta primeira vaga é possível ainda aferir que 2,2% do grupo dos 65 ou mais anos de idade vacinados fizeram-no pela primeira vez este ano e que 61,8% das pessoas não vacinadas pertencentes a esta faixa etária ainda tencionam vacinar-se. De entre aqueles que ainda não se vacinaram, o principal motivo apresentado para a não vacinação foi “por não ser hábito” (35,1%) e, em termos globais, do grupo de pessoas não vacinadas 31,9% referem que ainda tencionam vacinar-se. Esta percentagem aumenta ligeiramente para 43,6% quando se analisa os dados dos grupos com recomendação. Neste caso em particular, o grupo dos doentes crónicos é aquele que apresenta a intenção de vacinação superior (67%).

Relativamente à coadministração da vacina contra a gripe e vacina contra a COVID-19, 82,9% dos grupos com recomendação optou pela coadministração das vacinas, sendo o principal motivo a vontade de estar protegido (68,6%). Importa destacar, por outro lado, que menos de metade da população inquirida tem conhecimento do alargamento da vacina de dose elevada contra a gripe para a população com 85 ou mais anos, para além de residentes em lares e na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

O Vacinómetro é um projeto de monitorização da cobertura vacinal, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), com o apoio da Sanofi Pasteur. Lançado no ano de 2009, o Vacinómetro permite monitorizar, em tempo real, a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela DGS. Nesta época estão envolvidos na amostra do estudo 4101participantes, residentes em todo o território de Portugal Continental e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

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