O 42º Encontro Nacional da APMGF teve o seu primeiro dia de atividades dedicado aos workshops, no total 15, divididos por cinco salas e contando com mais de 300 participantes. Um dos workshops mais participados e interativos foi a formação apresentada pelo Grupo de Estudos de Pequena Cirurgia (GEPeCx) da APMGF, que avançou com a oficina «Ponto a Ponto: Workshop de Sutura para Médicos de Família».
Manuel Henriques, membro do GEPeCx e médico na USF Garcia de Orta, (ULS Santo António – Porto) explica que este “foi um workshop bastante concorrido e as inscrições foram até para lá das vagas que podíamos disponibilizar. Revelou-se bastante proveitoso, as pessoas ficaram até mais tempo do que aquilo que seria o tempo do workshop, porque estavam a aproveitar a forma como treinavam e praticavam. A utilidade deste tipo de pequena cirurgia nos cuidados de saúde primários, na nossa prática clínica diária, nasce do tipo de patologias que nos aparecem e às quais muitas vezes podemos dar uma solução mais rápida, eficaz e com menos tempo de espera, não tendo o utente que ir para uma consulta hospitalar ou uma cirurgia ambulatória”.
Para além destes workshops desenhados a pensar especificamente nos grandes eventos nacionais da APMGF, o grupo desenvolveu recentemente um programa especial de formação contínua que intitulou de «GEPeCx On Tour», através do qual abre as portas a colegas de todo o país no sentido de convidarem um conjunto de formadores do grupo a deslocarem-se à sua unidade de saúde de origem, para ali formarem os profissionais da equipa local no âmbito da pequena cirurgia. De acordo com Manuel Henriques, o programa tem registado assinalável êxito: “tem sido muito bem recebido e já fizemos algumas formações, sobretudo no norte. Os pedidos são muitos e nossa capacidade de resposta não será ainda a ideal, mas vamos tentar responder a todas as solicitações e queremos muito ir às unidades fazer esta formação, dar mais visibilidade à pequena cirurgia e à forma que nós estamos a fazer esta formação. Neste momento, temos cerca de oito pedidos de formação já aprovados para nos deslocarmos e em lista de espera mais cinco ou seis. Pelo que percebi durante este workshop de Tróia vamos ter ainda mais propostas, por isso vai ser um ano com muito trabalho”.