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Aumento não recomendado de vagas de MGF no Internato aquece ânimos

OM está descontente com Ministério da Saúde

A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e a Ordem dos Médicos (OM) estiveram reunidas, no passado dia 3 de dezembro, para discutir a divulgação do mapa de vagas para ingresso no 1º Ano da Especialidade do Internato Médico.
Em causa, sobretudo, o facto de a ACSS ter ultrapassado – no mapa de vagas divulgado – o número de vagas recomendado pelo Conselho Nacional do Internato Médico e pela coordenação dos internatos na especialidade de Medicina Geral e Familiar.
 
“A Ordem dos Médicos demonstrou uma posição clara sobre esta situação, alertando a ACSS para a não abertura de vagas em locais sem idoneidade, para a exigência de uma formação de qualidade e para a necessidade de corrigir rapidamente esta irregularidade”, pode ler-se em nota emitida pelo Conselho Regional do Norte da OM, cujos responsáveis também participaram nesta reunião.
 
De recordar que, logo no primeiro dia de dezembro, o Colégio de MGF da OM já tinha emitido um comunicado, no qual contestava vivamente a inflação de vagas, considerando-se “no direito e dever de se demarcar da perda da qualidade formativa do internato de MGF de 2014, perante o aumento irresponsável e muito significativo das capacidades formativas especialmente as que foram impostas, de modo autocrático e intoleravelmente autoritário, pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”.
 
Mais, o Colégio de MGF da OM promete não ficar de braços cruzados e assegura que permanecerá vigilante, verificando “os locais de formação onde forem colocados esses internos, no sentido de verificar e garantir a existência da sua efetiva idoneidade como locais de formação para especialistas em MGF, bem como inteirar-se junto das Unidades Hospitalares onde esses internos possam realizar os seus estágios, da sua capacidade de garantir o cumprimento do Programa de Formação de MGF em vigor”.

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