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Inês Rosendo conclui doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Com tese sobre impacte da informação escrita nos diabéticos:

Inês Rosendo, médica de família na UCSP Fernão de Magalhães e assistente convidada na Unidade Curricular de Medicina Geral e Familiar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), concluiu com sucesso as suas provas de doutoramento na Universidade de Coimbra, no passado dia 21 de fevereiro, juntando-se assim ao ainda seleto grupo de doutorados com origem na MGF.

A sua tese de doutoramento intitulou-se “Impacte da informação escrita dada pelo médico de família no controlo da diabetes tipo 2” e abordou o tema das intervenções educacionais a diabéticos, a validação de folhetos, os determinantes do controlo da diabetes e da adesão a atividade física e à terapêutica e o impacte de dar informação a diabéticos, nomeadamente sob a forma de folhetos.

Segundo nos relatou Inês Rosendo, o que a levou a escolher este tema foi “a necessidade de perceber que tipo de intervenções serão mais efetivas junto das pessoas com diabetes em Portugal e nomeadamente o impacte de uma intervenção simples, que pode ser feita por todos os médicos de família, como os folhetos”.

A médica da UCSP Fernão de Magalhães reconhece que o caminho que a conduziu a este feliz desfecho académico e profissional foi complicado e repleto de obstáculos: “não foi nada fácil. A par com as dificuldades burocráticas, os desafios do doutoramento foram os que mais pesaram na atividade clínica. Ajudaram-me quer os colegas que colaboraram no estudo, quer os que ajudaram na parte clínica e na coordenação da USF onde estava. Mas a maioria do trabalho foi feito nos «tempos livres», já que pouco se consegue em termos de dispensas legais para o efeito (estatuto de trabalhador estudante e licenças de parentalidade bem «aproveitadinhas»)”.

Agora que o doutoramento está finalizado, Inês Rosendo acredita que poderá aprofundar as suas responsabilidades académicas na FMUC, mas jamais descurará a prática médica regular: “pode ser que haja a perspetiva de poder ficar mais ligada à parte académica e de investigação, mas a parte clínica no meu entender é importantíssima para um professor e investigador desta área. Basicamente, vou continuar a ensinar, orientar e investigar – que é o que gosto de fazer – conciliando isto com o ser médico de família, junto das pessoas das quais vêm as interrogações para a investigação e junto das quais as conclusões são aplicadas”.

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