O Conselho Nacional de Saúde (CNS) divulgou um documento de reflexão no qual faz a apreciação sobre a resposta de Portugal à COVID-19, nos primeiros seis meses de pandemia, criticando de forma aberta o tempo excessivo que o país viveu com a suspensão de cuidados de saúde não associados à pandemia e a demora no reagendamento de atos clínicos essenciais. “A demora no reagendamento de cuidados de saúde e a ausência de comunicação específica dirigida às pessoas com doença não só não foram compreendidas pelas pessoas afetadas, como poderão ter um impacto não negligenciável na saúde a curto, médio e longo prazo”, pode ler-se no documento de 16 páginas libertado pelo CNS. Nele, são ainda listadas dez recomendações para melhorar a atual e futura resposta do país à pandemia.
Entre as propostas dos especialistas do CNS encontram-se medidas como “melhorar a comunicação de risco, a qual deverá ser transparente, inclusiva e adaptada aos vários públicos-alvo”, o reforço do SNS “através de um financiamento adequado e da contratação e valorização dos profissionais, da sua formação e adequada avaliação e valorização do seu trabalho, da maior articulação na gestão das equipas, dos serviços e do sistema” ou “investir na modernização e atualização das estruturas e respostas nas áreas científica e tecnológica, de forma a responder em tempo útil às necessidades dos utentes, dos profissionais e dos gestores em saúde”.
Consulte na íntegra o Documento de Reflexão do CNS.